Este artigo resulta de estudos de textos de Platão, Aristóteles e Descartes e buscou, a partir de conceitos desenvolvidos por Michel Foucault, examinar como esses discursos e essas práticas filosóficas construíram/constroem, na cultura ocidental, os significados e as identidades sobre o saber matemático escolar e o sujeito escolarizado, estruturando formas de pensamento acerca do que é a matemática; definindo as fronteiras sobre quem pode e quem não pode pensar e agir matematicamente; e contribuindo, assim, para a legitimação de uma racionalidade moderna. Para tanto, aproximo o discurso filosófico a dois fatos curriculares – o Movimento da Matemática Moderna e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Fundamental na área da matemática.
This paper results of studies of texts by Plato, Aristotle and Descartes. Based in concepts developed by Michel Foucault, it has sought to examine how such philosophical discourses/practices have built and build, in western culture, meanings and identities around school mathematics knowledge and the schooled subject, structuring forms of thought about what mathematics is, as well as defining the borders as to who can and who can not think and act mathematically, thus contributing to the legitimation of a modern rationality. For such, the philosophical discourse is approached to two curricular facts: the Movement of Modern Mathematics and the National Curricular Parameters (PCN) for the area of mathematics.