O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e as competências para uma Educação Estatística Crítica

Ensaio

Endereço:
Rua Santa Alexandrina, 1011 - 3º and. - Rio Comprido
Rio de Janeiro / RJ
20261235
Site: https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/ensaio
Telefone: (21) 2103-9617
ISSN: 0104-4036
Editor Chefe: Fátima Cunha
Início Publicação: 01/10/1993
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciência da computação, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Engenharias

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e as competências para uma Educação Estatística Crítica

Ano: 2020 | Volume: 28 | Número: 106
Autores: Justiani Hollas, Lucí T. M. dos Santos Bernardi
Autor Correspondente: Justiani Hollas | [email protected]

Palavras-chave: Educação Estatística Crítica, Enem, Ensino Médio, Competências

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo coloca em tela o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), importante exame de avaliação de larga escala no Brasil, e tem por objetivo discutir como as questões de estatística propostas nas provas do Enem podem contribuir para o desenvolvimento de uma Educação Estatística Crítica no ensino médio brasileiro. A pesquisa é de cunho teórico: bibliográfica e documental. Na primeira etapa, caracterizamos as competências de uma Educação Estatística Crítica: raciocínio estatístico, pensamento estatístico e literacia estatística. Na segunda, mapeamos as provas do período de 1998 até 2018, analisando todas as questões de estatística, da área de Matemática e suas Tecnologias. O estudo nos permite inferir que: i) é possível desenvolver uma Educação Estatística Crítica no ensino médio, e indicamos alguns elementos potencializadores para os processos educativos; ii) o Enem, nos parâmetros em que está organizado, não pode ser seu elemento mobilizador, pois carece de elementos críticos, reflexivos, problematizações e contextualizações, impulsionando uma formação acrítica.



Resumo Inglês:

The article presents the National Upper Secondary Education Examination (Enem), an important examination of large scale evaluation in Brazil, and aims to discuss how the statistical issues proposed in the Enem tests can contribute to the development of a Critical Statistical Education in the Brazilian secondary education. The research is theoretical in nature: bibliographical and documentary. In the first stage, we characterized the competences of a Critical Statistical Education: statistical reasoning, statistical thinking and statistical literacy. In the second, we mapped the evidence from the period 1998 to 2016, analyzing all statistical issues in the area of Mathematics and its Technologies. The study allows us to infer that: i) it is possible to develop a Critical Statistical Education in upper secondary education, and we indicate some potential elements for educational processes; ii) Enem, in the parameters in which it is organized, cannot be its mobilizing element, because it lacks critical elements, reflective, problematizations and contextualizations, impelling an uncritical formation.



Resumo Espanhol:

El artículo presenta el Examen Nacional de Escuela Secundaria (Enem), un importante examen de evaluación a gran escala en Brasil, y tiene como objetivo discutir cómo las preguntas estadísticas propuestas en las pruebas Enem pueden contribuir al desarrollo de una Educación Estadística Crítica. en la escuela secundaria brasileña. La investigación es de carácter teórico: bibliográfico y documental. En la primera etapa, caracterizamos las competencias de una Educación Estadística Crítica: razonamiento estadístico, pensamiento estadístico y alfabetización estadística. En la segunda, mapeamos la evidencia del período 1998 a 2018, analizando todos los problemas estadísticos en el área de Matemáticas y sus Tecnologías. El estudio nos permite inferir que: i) es posible desarrollar una Educación Estadística Crítica en la escuela secundaria, e indicamos algunos elementos potenciales para los procesos educativos; ii) Enem, en los parámetros en los que está organizado, no puede ser su elemento movilizador, ya que carece de elementos críticos, reflexivos, problematizaciones y contextualizaciones, impulsando una formación no crítica.