O presente estudo propõe uma reflexão sobre a implementação da política de educação inclusiva em uma instituição pública de ensino da Rede Federal. O contexto geral de análise trata-se do Instituto Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica do Rio Grande do Sul (IFRS). Como contexto, analisa-se a atuação do NAPNE – Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas – como agente mediador da inclusão escolar na Instituição. São mapeadas as iniciativas realizadas pelo NAPNE no ano de 2019, sob a gestão de um grupo de servidores envolvendo docentes, técnicos e estudantes do ensino médio e superior. São explicitadas as possibilidades e limitações do órgão como proponente da educação inclusiva. O percurso metodológico de base qualitativa se dá por meio do estudo documental, estatístico e da narrativa de algumas ações realizadas pelo Núcleo, com foco nos eixos: pesquisa, ensino e extensão. As tecnologias assistivas são descritas como “elo” entre as ações dos três eixos e sustenta a possibilidade de eliminação de barreiras para acesso ao conhecimento. Como resultados, aborda-se a relevância das ações do Núcleo para estabelecer um canal de comunicação entre a comunidade acadêmica e externa em torno da meta da inclusão plena. Também se aborda a importância do Núcleo para o fomento de uma comunidade profissional que assume o seu fazer no cotidiano como premissa para a aprendizagem reflexiva acerca dos processos escolares inclusivos. Logo, conclui-se que a atuação do Núcleo colabora com o amadurecimento dos dispositivos institucionais em análise, a favor da educação inclusiva.