O paradigma dialógico no pensamento ocidental sobre tradução: orquestrando vozes

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ISSN: 1980-4237
Editor Chefe: Mauri Furlan
Início Publicação: 30/11/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

O paradigma dialógico no pensamento ocidental sobre tradução: orquestrando vozes

Ano: 2010 | Volume: 0 | Número: 7
Autores: Ladjane Maria Farias de Souza
Autor Correspondente: Ladjane Maria Farias de Souza | [email protected]

Palavras-chave: Estudos da tradução, paradigma dialógico, Bakhtin, filosofia do diálogo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Segundo Robinson (1991), o pensamento ocidental sobre tradução compreende quatro paradigmas, representados por Agostinho, Lutero, Goethe e Buber/Bakhtin, e definidos com relação a três princípios – dualismo, instrumentalismo e perfeccionismo. Os três primeiros paradigmas já estariam plenamente estabelecidos e o quarto, que o autor chama de “dialógico”, estaria em desenvolvimento. Com o objetivo de contribuir para a discussão sobre a perspectiva dialógica dentro dos estudos da tradução, este artigo adota o mapeamento proposto por Robinson, em especial o quarto paradigma, a fim de nele situar a visão de autores como Pym (2002, 2006), Oittinen (2000) e Kumar e Malshe (2005). O texto aponta algumas lacunas na “perspectiva dialógica” destes autores e propõe uma reflexão sobre o texto traduzido baseada nos tipos de discurso teorizados por Bakhtin.



Resumo Inglês:

According to Robinson (1991), the Western theory of translation comprises four paradigms represented by Augustine, Luther, Goethe and Buber/Bakhtin, and defined in relation to three principles – dualism, instrumentalism and perfectionism. The three first paradigms would already be fully established and the fourth one, that the author calls “dialogical”, would be still unfolding. Aiming at contributing to the discussion about the dialogical perspective within translation studies, this article adopts Robinson’s chart, especially its fourth paradigm, in order to situate the views of authors like Pym 2002 e 2006, Oittinen 2000 e Kumar & Malshe 2005. It then points out some gaps in the “dialogical perspective” advanced by these authors and proposes a reflection on the translated text based on Bakhtin’s classification of discourse types.