Este estudo teve como objetivo compreender a percepção dos graduandos de odontologia sobre os conteúdos relativos ao preconceito econômico-social e sua relação com a saúde. Para isso, realizou-se uma pesquisa-ação pedagógica, crítico-colaborativa, com graduandos do 1º ano da Faculdade de Odontologia da Universidade São Paulo, Campus Capital, em 2016. Para fins analítico-interpretativos, optou-se pela análise de conteúdo clássica, tomando-se como unidade textual as sentenças/proposições dispostas nos textos e para interpretação das percepções utilizou-se a matriz marxista. Foram construídas 18 categorias que sintetizam as percepções sobre o tema. As percepções sobre ‘as doenças, independente de qual lado atingem, são motivos de estigmas e preconceitos’ e ‘os preconceitos socioeconômicos e racial estão conectados’ foram as mais presentes na percepção deste grupo. Ao final, compreendeu-se que as percepções sobre o preconceito econômico-social é plural e contraditória, com momentos de reprodução e crítica do instituído, inclusive sobre o próprio papel dos estudantes nesse processo.