Houve épocas em que a questão “O que é uma imagem?” era um as-sunto premente. Na Bizâncio dos séculos VIII e IX, por exemplo, sua resposta o identificaria imediatamente como partidário da luta entre imperador e patriarca, como um iconoclasta radical que procura purificar a Igreja da idolatria, ou um iconófilo conservador que procura preservar as práticas litúrgicas tradicionais. O conflito sobre a natureza e o uso de ícones, na superfície uma disputa sobre pequenos pontos do ritual religioso e o significado dos símbolos, era realmente, como Jaroslav Pelikan aponta, “um movimento social disfarçado” que “usava vo-cabulário doutrinário para racionalizar um conflito essencialmente político”.