O QUE DIZEM OS AUTORES SOBRE RACISMO?: refletindo sobre a representatividade negra

Revista Espaço do Currículo

Endereço:
Via Expressa Padre Zé - S/N - Cidade Universitária
João Pessoa / PB
58900-000
Site: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rec
Telefone: (83) 3043-3170
ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

O QUE DIZEM OS AUTORES SOBRE RACISMO?: refletindo sobre a representatividade negra

Ano: 2023 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: E. S. Lisboa, L. F. Lopes, M. M. F. Oliveira
Autor Correspondente: E. S. Lisboa | [email protected]

Palavras-chave: currículo, representatividade, racismo, espaços de fala e escuta

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este estudo reflete sobre a relação entre o racismo no Brasil e o currículo das universidades, apresentando casos reais de racismo. Tem-se como problema que o currículo é reflexo social, de modo que há baixo número de autores negros, gerando implicações na representatividade. Logo, a pergunta norteadora é: como é possível diminuir atos racistas nas universidades, mesmo havendo baixa representação de autores negros? Tem-se como hipótese que a identidade pode ser configurada/reconfigurada pela representatividade, ilustrada por falas antirracistas de alguns autores presentes no currículo das ementas dos cursos de Sociologia, de modo que, mesmo com baixo número, proporcionam a criação de espaços de fala e escuta contra o racismo, pois viabilizam a emancipação. Os fundamentos ancoram-se na noção de currículo de Sacristán (2000) e Silva (1998); representatividade em Woodward (2000) e Arroyo (2015); identidade de Hall (2003), bem como emancipação nos espaços de fala e escuta, na perspectiva de Freire (1987). Justifica-se este estudo, uma vez que a incidência de atos racistas atinge mais da metade da população negra brasileira. A metodologia é bibliográfica e exploratória. O objetivo geral é o de apresentar como as teorias e falas de alguns autores ajudam na formação da representatividade negra. Os resultados indicam ser possível emancipar-se nos espaços de fala e escuta. Espera-se produzir reflexões para o combate ao racismo.



Resumo Inglês:

This study reflects on the relationship between racism in Brazil and the curriculum of universities, presenting real cases of racism. The problem is that thecurriculum is a social reflection, so that there is a low number of black authors, generating implications for representation. Therefore, the guiding question is: how is it possible to reduce racist acts in universities, even with a low representation of black authors? It is hypothesized that identity can be configured/reconfigured by representativeness, illustrated by antiracist speeches of some authors present in the curricula of the sociology courses, so that, even with a low number, they provide the creation of spaces for speaking and listening against racism, since they enable emancipation. The foundations are anchored in the notion of curriculum by Sacristán (2000) and Silva (1998); representativeness by Woodward (2000) and Arroyo (2015); identity by Hall (2003), as well as emancipation in the spaces of speech and listening, in the perspective of Freire (1987). This study is justified, since the incidence of racist acts affects more than half of the black Brazilian population. The methodology is bibliographic and exploratory. The general objective is to present how the theories and speeches of some authors help in the formation of black representativeness. The results indicate that it is possible to emancipate oneself in spaces of speech and listening. It is expected to produce reflections to combat racism.



Resumo Espanhol:

Este estudio reflexiona sobre la relación entre el racismo en Brasil y el plande estudios de las universidades, presentando casos reales de racismo. El problema es que el currículo es un reflejo social, por lo que hay un bajo número de autores negros, generando implicaciones en la representatividad. Por lo tanto, la pregunta que nos guía es: ¿cómo es posible reducir los actos racistas en las universidades, incluso con una baja representación de autores negros? Se hipotetiza que la identidad puede ser configurada/reconfigurada por la representatividad, ilustrada por los discursos antirracistas de algunos autores presentes en el currículo de los menús de los cursos de sociología, de modo que, incluso con un número bajo, proporcionan la creación de espacios de habla y escucha contra el racismo, porque permiten la emancipación. Los fundamentos están anclados en la noción de currículo de Sacristán (2000) y Silva (1998); la representatividad en Woodward (2000) y Arroyo (2015); la identidad de Hall (2003), así como la emancipación en los espacios de habla y escucha, en la perspectiva de Freire (1987). Este estudio está justificado, ya que la incidencia de los actos racistas afecta a más de la mitad de la población negra brasileña. La metodología es bibliográfica y exploratoria. El objetivo general es presentar cómo las teorías y los discursosde algunos autores ayudan a la formación de la representatividad negra. Los resultados indican que es posible emanciparse en los espacios de habla y escucha. Se espera que produzca reflexiones para combatir el racismo.