O que pensam licenciandos(as) em matemática sobre sua formação para lidar com a diversidade sexual e de gênero em sala de aula?

Revista Baiana de Educação Matemática - RBEM

Endereço:
R. Edgar Chastinet, s/n - São Geraldo
Juazeiro / BA
48900-000
Site: https://www.revistas.uneb.br/index.php/baeducmatematica/index
Telefone: (16) 9943-7343
ISSN: 2675-5246
Editor Chefe: Américo Junior Nunes da Silva
Início Publicação: 22/07/2020
Periodicidade: Irregular
Área de Estudo: Matemática, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Multidisciplinar

O que pensam licenciandos(as) em matemática sobre sua formação para lidar com a diversidade sexual e de gênero em sala de aula?

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: Não se aplica
Autores: Hygor Batista Guse, Tadeu Silveira Waise, Agnaldo da Conceição Esquincalha
Autor Correspondente: Hygor Batista Guse | [email protected]

Palavras-chave: Formação docente para a diversidade, Formação de professores(as) de matemática, Diversidade de gênero e sexual.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Educar para a diversidade é uma das atribuições de qualquer professor(a), não importa a disciplina nem o nível educacional. Partindo dessa premissa, este artigo discute o papel do(a) professor(a) (de matemática) no debate sobre a diversidade de gênero e sexual em sala de aula, procurando desfazer a ideia de que essa discussão tem viés ideológico, como movimentos conservadores afirmam. Questiona a ausência desse tema nos currículos dos cursos de licenciatura, fundamentando-se em pesquisas sobre educação para diversidade e em documentos oficiais brasileiros sobre a formação docente. Além disso, apresenta e discute os dados de uma pesquisa realizada virtualmente com 710 licenciandos(as) em matemática das instituições públicas do estado do Rio de Janeiro sobre sua percepção a respeito da importância de se discutir sobre diversidade de gênero e sexual nas aulas de matemática da educação básica e da licenciatura. Alguns respondentes entendem que a matemática é neutra e indiferente a quem a produz e em que realidade está inserido(a), de modo que seu ensino não deve discutir questões sociais que atravessam as vidas de professores(as) e alunos(as). No entanto, a maior parte dos(as) licenciandos(as) defende a importância de formação específica para diversidade, apresentando, com dificuldades, algumas possibilidades para discussão do tema em aulas de matemática.



Resumo Inglês:

Education for diversity is one of the duties of any teacher, regardless of discipline or educational level. Based on this premise, this paper discusses the role of the (mathematics) teacher in the debate on gender and sexual diversity in the classroom, trying to undo the idea that this discussion has an ideological bias, such as conservative movements claim. Inquiries the absence of this theme in the curricula of pre-service teachers courses, based on research on education for diversity and on official Brazilian documents on teacher education. In addition, it presents and discusses the data of a survey conducted virtually with 710 mathematics pre-service teachers from public institutions in the state of Rio de Janeiro about their perception of the importance of discussing gender and sexual diversity in math classes at basic education and pre-service teachers courses. Some respondents understand that mathematics is neutral and indifferent to who produces it and in what reality is inserted, so that their teaching should not discuss social issues that cross the lives of teachers and students. However, most participants defend the importance of specific education for diversity, presenting, with difficulties, some possibilities for discussing the topic in mathematics classes.



Resumo Espanhol:

Educar para la diversidad es uno de los deberes de cualquier docente, independientemente de su disciplina o nivel educativo. Partiendo de esta premisa, este artículo analiza el papel del docente (en matemáticas) en el debate sobre la diversidad de género y sexual en el aula, buscando deshacer la idea de que esta discusión tiene un sesgo ideológico, como los movimientos conservadores afirman. Cuestiona la ausencia de esta temática en los currículos de las licenciaturas, a partir de investigaciones sobre educación para la diversidad y de documentos oficiales brasileños sobre formación docente. Además, presenta y discute los datos de una encuesta realizada con 710 estudiantes de licenciatura en matemáticas de instituciones públicas del estado de Río de Janeiro sobre su percepción de la importancia de discutir la diversidad de género y sexual en las clases de matemáticas en la educación básica y licenciatura. Algunos participantes entienden que las matemáticas són neutras e indiferentes a quién la produce y en qué realidad se inserta, por lo que su enseñanza no debe discutir temas sociales que atraviesan la vida de profesores y alumnos. Sin embargo, la mayoría de los(as) licenciandos(as) defienden la importancia de la formación específica para la diversidad, presentando, con dificultades, algunas posibilidades para discutir el tema en las clases de matemáticas.