O SENSO DE PERTENCIMENTO DE DEFICIENTES VISUAIS EM RELAÇÃO AOS PISOS TÁTEIS

Revista Ibero-America de Estudos em Educação

Endereço:
Rodovia Araraquara-Jaú, km 1 - Caixa Postal 174 - Campos Ville
Araraquara / SP
14800-901
Site: http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/index
Telefone: (14) 9636-1312
ISSN: 1982-5587
Editor Chefe: José Luís Bizelli
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

O SENSO DE PERTENCIMENTO DE DEFICIENTES VISUAIS EM RELAÇÃO AOS PISOS TÁTEIS

Ano: 2013 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: Paulo Ricardo ROSS Paulo Vinicius Tosin da SILVA
Autor Correspondente: Paulo Ricardo ROSS | [email protected]

Palavras-chave: Deficiente visual. Piso tátil. Pertencimento ao lugar.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Esta pesquisa investiga a relação entre a utilização de pisos táteis e a conquista de mais liberdade, mais autonomia das pessoas com deficiência visual. Pretende-se compreender se a apropriação desse recurso para o deslocamento “mais livre e mais autônomo” implica o desenvolvimento do senso de pertencimento das pessoas cegas à sociedade, como cidadãos e como sujeitos de direito e de encontros. A pesquisa toma especificamente os modelos de pisos táteis empregados nos calçamentos de duas vias públicas, localizadas no centro da cidade: Rua XV de Novembro e Avenida Marechal Deodoro, sendo a primeira uma via exclusiva para pedestres, no trecho investigado, e a segunda destinada ao tráfego de veículos. Essas vias representam diferentes funções sociais e econômicas na cidade de Curitiba, as quais serão discutidas em relação aos modelos de pisos táteis aí construídos. A rua XV de Novembro representa o espaço do encontro das pessoas, a circulação para fins de lazer, a via de passagem e de ligação entre as Praças Santos Andrade e Osório, o espaço de visualização panorâmica dos principais acontecimentos, a circulação de pessoas de diferentes idades e classes sociais. Já a Avenida Marechal Deodoro é destinada ao trânsito de pessoas com o interesse de aquisição de produtos e serviços. Conceber espaços que contemplem o homem vitruviano consiste no desafio da inclusão urbana. Espaços acessíveis às diferentes formas de manifestação humana constituem um direito inalienável da pessoa para o exercício de sua liberdade fundamental de ir e vir, sua autonomia e sua independência como um sujeito. As entrevistas realizadas com pessoas com deficiência visual revelam a precarização e a insuficiência das estruturas arquitetônicas já conquistadas. Denunciam os limites à plena usabilidade e os obstáculos ao pertencimento à cidade, as barreiras para a subjetivação e apropriação do espaço urbano como lugar de sua objetivação.