The modern principle of creation – be it artistic, productive and spectacular – lies in the separation between the individual and the matter; in other words, between the audience and the work. This imposes on the one hand, the sacri/ce of the worker on behalf of the object, and on the other, reverence or subordination of the public at the spectacle, even in its entertainment version. The work appears here as a result of alienation of the working masses or as the embodiment of the public within this scenario. If there is no merchandise without the worker’s deletion, there is also the show without a kind of annihilation of the viewer. The creation of the work corresponds therefore to the disappearance of the subject within the material and immaterial device, its crumbling. Instead, the digital culture, epiphenomenon of contemporary imagery, tends to abolish the separation that just write. How? With what results? What became the work of art at the time of its digital reproducibility?
O princípio moderno da criação – seja artística, produtiva ou espetacular – reside na separação entre o indivíduo e a matéria; dito de outra forma, entre o público e a obra. Isso impõe, de um lado, o sacrifício do trabalhador em nome do objeto, e, de outra, a reverência ou a subordinação do público diante do espetáculo, mesmo na sua versão entertainment. A obra surge aqui como resultado de alienação da massa trabalhadora ou como a incorporação do público no interior desse cenário. Se não existe mercadoria sem o apagamento do operário, também existe o espetáculo sem uma espécie de aniquilamento do espectador. A criação da obra corresponde, pois, ao desaparecimento do sujeito no seio do dispositivo material e imaterial, ao seu esboroamento. Ao contrário, a cultura digital, epifenômeno do imaginário contemporâneo, tende a abolir a separação que acabamos de escrever. Como? Com quais resultados? O que se tornou a obra de arte à época de sua reprodutibilidade digital?