Discute-se a importância do tradutor/intérprete de Língua de Sinais enquanto um mediador de fronteiras entre dois mundos culturais. Busca-se dar visibilidade à complexidade da tarefa do intérprete não apenas no campo da linguagem, mas também na área da subjetividade, levando em conta contribuições da Psicanálise. Partiu-se de uma pesquisa qualitativa realizada no Instituto Nacional de Educação de Surdos que abordou o tema da linguagem e subjetividade com alunos com surdez profunda. Concluiu-se que o papel social e subjetivo do intérprete de Libras precisa ser mais bem compreendido. O desafio não é apenas traduzir e informar, mas saber guardar os próprios pensamentos e sentimentos, para ser porta-voz da fala, da expressão e da emoção de outra pessoa, de um sujeito que se manifesta em total alteridade. Assim, facetas menos conhecidas do papel intersubjetivo do tradutor/intérprete são apontadas.
It is discussed the importance of the translator/interpreter of the Language of Signs as a boundaries mediator between two cultural worlds. We intend to show the complex task of the interpreter, not just in the language field, but also in the subjectivity area, considering the Psychoanalysis contribution. We started with a qualitative research in the Education National Institute of Deaf, dealing with the issue of language and subjectivity with students of deep deafness. We concluded that the social and subjectivity paper of the Libras interpreter needs to be more comprehended. The challenge is not just to translate or to inform, but to get to know how he keeps his own thoughts and feelings, in order to be the voice, the expression and the emotion of the Other person, one that would be himself in total alterity. So, the aspects less known of the subject's role of the translator/interpreter are going to be showed.