Este segundo volume das chamadas Obras completas de Borges em português saiu em 1999, junto com o primeiro volume, no centenário de nascimento do escritor portenho. Nestes dois anos, muita água passou por baixo da ponte das edições borgianas e pudemos assistir a um verdadeiro frenesi de publicação de inéditos, fenômeno parecido com o que sucedeu a Fernando Pessoa, há alguns anos. Como o anterior e os posteriores, este volume não traz notas, o que é uma pena – Borges sensatamente anotado fica melhor ainda, como provam edições inglesas e francesas recentes (por exemplo, os dois tomos das Oeuvres complètes, collection la Pléiade, publicados em 1993 e 1999 e os volumes Collected Fictions, em nova tradução de Andrew Harley e Selected Non-Fictions, organizado por Eliot Weinberger, ambos editados pela Viking em 1998 e 1999 respectivamente). Nele está reunida a produção publicada em livros entre 1952 e 1972, ou seja, entre os 53 e 73 anos do autor de Ficciones, que estava em plena maturidade intelectual e começava a cair no gosto do público internacional, tornando-se o escritor mais festejado do mundo.