Objetivo: Descrever a ocorrência de mucosite oral (MO) em mulheres em tratamento oncológico para câncer de mama (CM). Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo e analítico em prontuários de mulheres com diagnóstico de CM em um serviço de oncologia. Dados clínicos foram coletados quanto à ocorrência e gravidade da MO de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde e o tratamento oncológico vivenciado pelas participantes. Resultados: Foram incluídas 196 mulheres. Destas, 97 (49,5%) desenvolveram MO, sendo 43,4% grau 1 ou 2 (baixo ou moderado). A ocorrência foi maior em mulheres brancas (OR 1,93; IC95% 1,04 – 3,57; p = 0,035), com câncer de mama metastático (OR 5,46; IC95% 1,79 – 16,64; p = 0,002) e que experimentaram agentes taxanos em algum momento da quimioterapia (OR 2,26; IC95% 1,12 – 4,56; p = 0,02). A gravidade média da MO em toda a amostra foi de 0,8 ± 1,0 e nas mulheres afetadas foi de 1,7 ± 0,7. Diferença na gravidade da MO pelas variáveis foi observada apenas entre as mulheres com fadiga grau 2 e grau 3 (p = 0,03). Conclusões: MO é uma toxicidade mucocutânea comum em mulheres com CM. Apesar da baixa gravidade observada, o cuidado à mulher com CM em tratamento oncológico deve considerar os possíveis riscos e complicações associadas à MO, adotando estratégias para prevenir, monitorar e tratá-las.
Objective: To describe the occurrence of oral mucositis (OM) in women undergoing cancer treatment for breast cancer (BC). Methods: This is a retrospective, quantitative, and analytical study in medical records of women diagnosed with BC in an oncology service. Clinical data were collected regarding the occurrence and severity of OM according to the World Health Organization criteria and the cancer treatment experienced by the participants. Results: 196 women were included. Of these, 97 (49.5%) developed OM, 43.4% of which were grade 1 or 2 (low or moderate). The occurrence was higher in white women (OR 1.93; 95% CI 1.04 - 3.57; p = 0.035), with metastatic breast cancer (OR 5.46; 95% CI 1.79 - 16.64; p = 0.002) and who experienced taxane agents at some point during chemotherapy (OR 2.26; 95% CI 1.12 - 4.56; p = 0.02). The mean severity of OM in the entire sample was 0.8 ± 1.0, and in the affected women was 1.7 ± 0.7. The difference in the severity of OM by the variables was observed only among women with grade 2 and grade 3 fatigue (p = 0.03). Conclusions: OM is a common mucocutaneous toxicity in women with BC. Despite the low severity observed, care for women with BC undergoing cancer treatment must consider the possible risks and complications associated with OM, adopting strategies to prevent, monitor, and treat them.