O presente artigo discute os movimentos e as singularidades que caracterizam a passagem da educação infantil para o ensino fundamental dos alunos público alvo da Educação Especial. A pesquisa qualitativa do tipo etnográfica desenvolveu-se no contexto do serviço de atendimento educacional especializado – estimulação precoce e psicopedagogia inicial – no âmbito da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre/RS. Foram realizadas entrevistas com 14 professoras atuantes no referido serviço. O pensamento sistêmico forneceu as lentes analÃticas para a compreensão do fenômeno em questão. Foi possÃvel observar as tensões presentes nesta transição, manifestadas nas dissonâncias de posicionamento dos professores. Destaca-se, ainda, o fato desta passagem não ocorrer para todas as crianças, apesar do investimento da Rede Municipal de Ensino em qualificar esse processo.