O objetivo é mostrar os efeitos negativos do uso contínuo de telas em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Mesmo que os aparelhos sejam frequentemente utilizados para controlar as emoções ou proporcionar estímulos, estudos dizem que o uso contínuo pode agravar sintomas já presentes no espectro, como dificuldades de linguagem, isolamento social, rigidez comportamental e distúrbios do sono. Buscamos compreender as implicações neurológicas, comportamentais e sociais do consumo passivo de mídia digital, propondo alternativas de mediação saudável por parte de pais, educadores e terapeutas. Conclui-se que a supervisão e o uso consciente das tecnologias são essenciais para o desenvolvimento saudável de crianças com TEA. O uso excessivo das telas podem reduzir as oportunidades de interações sociais, dificultando as comunicações afetivas, aumentando assim os níveis de irritabilidade, dificuldades de atenção e resistência a mudanças de rotina, fatores que já representam desafios significativos para essas crianças. A ausência de estímulos sensoriais diversificados, como o toque, o movimento e o contato visual, pode agravar quadros de hipo ou hipersensibilidade sensorial. É muito importante que os adultos responsáveis estabeleçam limites para o uso de telas, promovam atividades interativas fora do meio digital e priorizem o contato humano, jogos, brincadeiras ao ar livre e atividades físicas. Estratégias como o uso de tecnologia assistiva com fins pedagógicos, sessões terapêuticas lúdicas e ambientes estruturados favorecem o desenvolvimento integral. O equilíbrio entre o uso da tecnologia e experiências concretas no mundo real é indispensável.