Este trabalho realiza uma discussão através da gênese dos Institutos Federais, criados em 2008 pela lei n° 11.892. Para realizar o diálogo torna-se necessário traçar, mesmo que brevemente, o processo histórico da rede de educação profissional brasileira, das origens em 1909 até a atualidade, para apresentar o embate de concepções hegemônicas que resultaram na consonância de forças sociais para criação dos Institutos Federais. O objetivo do trabalho consiste em apresentar como os Institutos Federais se delinearam no contexto das políticas de Ciência e Tecnologia hegemônicas, o procedimento metodológico consiste na Teoria Crítica da Tecnologia de Feenberg (2010, 2015). Dentre os resultados pode-se apontar a compreensão de que o código técnico dos Institutos Federais, apesar de caracterizar-se enquanto um instrumento capaz de nortear uma nova concepção de instituição de ensino, também possibilita a manutenção de instituições tecnicistas, pois a formatação do código tem redação ambígua em vários pontos de interpretação.