Os mitos do estupro e a “especial relevância da palavra da vítima em crimes sexuais”

Boletim IBCCRIM

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ISSN: 2965-937X
Editor Chefe: Fernando Gardinali
Início Publicação: 01/01/1993
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Os mitos do estupro e a “especial relevância da palavra da vítima em crimes sexuais”

Ano: 2019 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: Mailô de Menezes Vieira Andrade
Autor Correspondente: Mailô de Menezes Vieira Andrade | [email protected]

Palavras-chave: mitos do estupro, vítima em crimes sexuais, feminismos, violência sexual

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante a década de 1970 e a efervescência intelectual de mulheres em meio à segunda onda dos feminismos,(1) articulou-se o movimento antiestupro(2) no contexto norte-americano e europeu,(3) que rompeu com as fronteiras público/privado – e com o silenciamento histórico que interditava o assunto –, para trazer o tema do estupro para as esferas do debate público. Para tanto, foi preciso entendê-lo como decorrente e legitimado de/por violências estruturais (e não desvios individuais) e cotidiano na vida de muitas mulheres e crianças, em especial. Com campanhas que estimulavam sobreviventes(4) de estupro a “romper com o silêncio”,(5) as feministas, escutaram diversas experiências de violação das mulheres e lideraram um processo de desconstrução do discurso masculino, cunhando conceitos e categorias e questionando outras já existentes, em um processo contínuo de (re)nomeação (ANDRADE, 2018).