A pesquisa aborda os vastos saberes indígenas que formam os pilares da educação Kaiowá, descrevendo o caminho da educação das crianças como menino (Kunumi) e menina (Chamiri). Apresenta dados sobre o espaço e os valores da escola, o caminhar da escola na busca de ser educação escolar indígena na comunidade e no sistema escolar, bem como aponta orientações para a educação escolar indígena. A pesquisa foi desenvolvida através de observação, visitas e conversas com os sábios, rezadores e crianças Kaiowá. Percebeu-se que, em consideração aos jovens e à geração atual, o retorno para casa será por meio de leitura e da escrita, e a escola é ferramenta especial para criar o novo caminho de retorno, em que haverá o fortalecimento da identidade e a compreensão da interculturalidade. É necessário que, hoje, a escola seja compreendida na sua dimensão e complexidade por professores, lideranças, jovens e pela própria comunidade, porque só será educação escolar indígena quando existir uma clareza do significado em relação à escola para a comunidade. Com isso, abre-se uma porta, um novo caminho de retorno da comunidade para casa, para o entendimento da sua identidade, para valorização de seus saberes e também para se ter a noção e a abertura no sentido de compreender que já não estamos sós, que existem outras sociedades, as quais devem ser compreendidas e respeitadas, assim como devemos ser respeitados por elas.
The research approaches the broad indigenous knowledges that constitute the pillars of Kaiowá education, describing the path of children education as a boy (Kunumi) and girl (Chamiri). It presents data about school space and values, the trajectory of seeking to build an indigenous scholar education at the community and the school system, as well as pointing out orientations for indigenous scholar education. The research was developed through the observation, visits and conversations with the wise people, givers of blessings and Kaiowá children. It was possible to realize that, for young and actual generation, home return will be through the reading and writing, and school is an especial tool in order to create a new returning, based on the strengthening of identity and the understanding of interculturality. It’s necessary, today, that school can be understood on its dimension and complexion by teachers, leaders, youth and Community, because it will only be indigenous education when exists a clearness of the relation of the school for the Community. Thus, it has been opened a door, with a new return path of community to home, for the understanding of their identity, for the valorization of the knowledge and, also, in order to achieve the notion and openness in the sense that we are not alone anymore and that there are other societies, which must be understood and respected as well as we must be respected by them.
La investigación aborda el vasto conocimiento indígena que forma los pilares de la educación Kaiowá, describiendo el camino de la educación de los niños como chicos (Kunumi) y chicas (Chamiri). Presenta datos sobre el espacio y los valores de la escuela, el camino de la escuela en la búsqueda de ser la educación escolar indígena en la comunidad y en el sistema escolar, así como señala las pautas para la educación escolar indígena. La investigación se desarrolló a través de la observación, visitas y conversaciones con los sabios, rezadores y niños Kaiowá. Se dio cuenta de que, en consideración a los jóvenes y la generación actual, el regreso a casa será a través de la lectura y la escritura, y la escuela es una herramienta especial para crear el nuevo camino de retorno, que fortalecerá la identidad y la comprensión de interculturalidad. Es necesario que hoy en día la escuela sea entendida en su tamaño y complejidad por maestros, líderes, jóvenes y la propia comunidad, porque será una educación escolar indígena solo cuando haya una claridad de significado en relación a la escuela para la comunidad. Esto abre una puerta, una nueva forma para que la comunidad regrese a casa, comprenda su identidad, valore sus conocimientos y también tenga la noción y la apertura para comprender que ya no estamos solos, que hay otras sociedades, que deben ser entendidas y respetadas, así como debemos ser respetados por ellas.