Os tradutores de Alice e seus propósitos

Cadernos de Tradução

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ISSN: 21757968
Editor Chefe: Andréia Guerini
Início Publicação: 31/08/1996
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras

Os tradutores de Alice e seus propósitos

Ano: 2001 | Volume: 2 | Número: 8
Autores: Flávia Westphalen, Nicole Boff, Camila Gregoski, Pedro M. Garcez
Autor Correspondente: Flávia Westphalen | [email protected]

Palavras-chave: Tradutores, Tradução, Alice’sAdventures in Wonderland, Lewis Carroll

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo examina segmentos de quatro traduções de Alice’s Adventures in Wonderland, de Lewis Carroll (1865/1994), para o português brasileiro, a saber, por Monteiro Lobato (1931/1972), Nicolau Sevcenko (1995), Rosaura Eichenberg (1999) e Maria Luiza de X. de A. Borges (2002). Analisam-se as alternativas encontra-das para a tradução de trocadilhos e jogos de palavras, traçando relações entre essas decisões de textualização e os possíveis alvos e propósitos de cada tradução. Sugere-se que as diferentes escolhas de cada tradutor revelam públicos alvos e propósitos distintos de cada textualização, escolhas possivelmente guiadas pelas comunidades interpretativas (Fish, 1980; Arrojo, 1986) a que se dirige cada autor/tradutor com seu texto. Conforme essa análise, observa-se que a tradução de Monteiro Lobato é a que mais se distancia das demais, não apenas no tempo, mas por preocupar-se sobremaneira em agregar ao texto elementos da cultura nacional brasileira em caráter didático e até mesmo doutrinário. Análise Comparativa Alice’s Adventures in Wonderland é um clássico da literatura ocidental, mas reflete elementos de uma comunidade cultural relativamente específica, a Inglaterra vitoriana.