Num mundo em que as “agendas discursivas” permanecem, em grande parte, sob a tutela de poucos, a comunicação popular colaborativa surge como uma forma de resistência educativa: como um “golpe” contra o olhar panóptico dominante da nossa sociedade. O presente artigo defende que um novo fazer comunicacional é possível e, partindo de uma abordagem outra, se refere a uma comunicação educacional, de “outras falas possíveis”, construída através de um modelo participativo. Uma comunicação que, como defende Serge Desgangné (2007), tem o potencial de oferecer uma participação aos sujeitos em um fazer comunicativo mais aberto, onde não detentores dos “meios de produção” dos discursos aceitos se transformam em de cocomunicadores e co-construtores de suas próprias oportunidades.