Sinuoso, caótico, perigoso e imprevisível são alguns dos adjetivos que cairiam como uma luva para descrever os atuais rumos da política nacional. O antigo “super” Ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-Juiz Federal, responsável pela operação Lava Jato, Sérgio Moro, agora é publicamente menosprezado e tratado como inimigo pelo governo a que serviu fielmente até não servir mais. Entre gritos e ofensas, lavajatistas (ou ex-levajatistas?) queimaram com um maçarico camisetas estampadas com seu rosto. “Queima a cara dele”, disse uma das manifestantes.1 Cena inimaginável há alguns poucos meses. Em meio à pandemia de COVID-19 e às vésperas de uma das piores crises econômicas da história, a República de Curitiba, numa tensa manhã de sexta-feira, bateu em retirada da Esplanada, deixando para trás os escombros do seu assalto ao poder.