Para além de qual criminologia? Limitações e possíveis contribuições relacionadas à abordagem dos danos sociais

Ano: 2020 | Volume: Especial | Número: Especial

Autores: Marcelo Buttelli Ramos

Palavras-chave: Enfoque dos danos sociais  – Criminologia crítica  – Paradigma criminológico dominante – Crimes de poder – Fobia de Estado.

Resumo Português:

O artigo analisa os trabalhos “Delitos de los Estados, de los Mercados y Daño Social: Debates en Criminología crítica y Sociología jurídico-penal” (2014) e “¿Más Allá de la Criminología?” (2013) com o fito de explicitar as razões pelas quais os teóricos alinhados à perspectiva do chamado Enfoque dos Danos Sociais (“Social Harm Approach”) defendem a necessidade de superação ou mesmo de abandono do saber criminológico. Nesse sentido, o presente artigo procura apresentar respostas para três questões específicas: (i) como o saber criminológico é representado pelos autores perfilados ao Enfoque dos Danos Sociais?; (ii) quais são as limitações heurísticas por eles identificadas em relação à chamada abordagem criminológica dominante?; (iii) o conceito de “criminologia dominante” traduz, a contento, as reflexões articuladas pelas criminologias críticas latino-americanas? A última sessão do artigo condensa argumentos que buscam explicitar e superar do limites identificados no interior da própria crítica formulada pelo Enfoque dos Danos Sociais.

Resumo Inglês:

The article analyze the following works: “Delitos de los Estados, de los Mercados y Daño Social: Debates en Criminología crítica y Sociología jurídico-penal” (2014) and “¿Más Allá de la Criminología?” (2013) in order to explicit the reasons why some theorists aligned with the Social Harm Approach defend the need to overcome or even to abandon the criminology knowledge itself. In this sense, the paper try to provide answers to three specific questions: (i) how the criminology knowledge is represented by the authors aligned to the Social Harm Approach? (ii) What are the heuristic limitations that are identified in relation to the so-called “dominant criminological approach”? (iii) Does the concept of dominant criminology translates in some extend the thoughts conceived by the Latin American critical criminologists and it’s respective theorizations? The last section condense arguments that seek to explain and overcome the limitations identified within the criticism presented by the Social Harm Approach.