As mudanças que têm procurado instituir-se no domÃnio educativo requerem,
pelo menos ao nÃvel dos normativos que as determinam, uma maior participação das
escolas e dos agentes comunitários nas decisões educativas e na construção de um projeto
pedagógico comum capaz de conciliar os propósitos de âmbito nacional com os
anseios e as necessidades de cada comunidade. Procura-se que a escola se assuma como
uma instituição de referência, capaz de encontrar respostas favoráveis e garantir a diversidade
formativa, o que implica a assunção de maiores margens de autonomia, uma
(re)atualização constante e a inovação das práticas curriculares que se desenvolvem no
seu interior. No entanto, muitas das mudanças que hoje se “exigem†às escolas dependem
tanto de um conjunto de decisões oriundas do seu exterior, algumas delas sucessivamente
adiadas, como daquilo que se passa no interior da instituição escolar. É sobre
algumas dessas questões que refletimos ao longo do texto, indicando alguns caminhos
que poderão, eventualmente, contribuir para essas mudanças.
The changes that have been taking place in the educational domain require
greater participation of schools and communities in educational decisions and in the
construction of a common pedagogical project that will articulate national goals with the
needs and expectations of each community. This is what happens at the level of normative
discourse. The school is expected to become a model institution that will comply
with normative demands and, at the same time, ensure curriculum diversity. This implies
greater autonomy for schools, continuous updating, and innovation on curriculum practices
that take place within those schools. However, many changes that are ‘required’ of
schools nowadays are determined both by decisions that come from the outside – some
of which constantly postponed – and by what happens inside schools. This text presents
some reflections on these issues, pointing out some ways that might contribute to the
expected changes.