Participação, políticas públicas e o movimento LGBT brasileiro entre 2003 e 2014

Revista Debates

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ISSN: 19825269
Editor Chefe: Marcello Baquero
Início Publicação: 30/11/2007
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciência política

Participação, políticas públicas e o movimento LGBT brasileiro entre 2003 e 2014

Ano: 2017 | Volume: 11 | Número: 3
Autores: Douglas Santos Alves
Autor Correspondente: Douglas Santos Alves | [email protected]

Palavras-chave: Movimento LGBT; Hegemonia; Participação Política; Conferências Nacionais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo analisa a relação entre o movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) com os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff a partir das políticas participativas por eles implementadas. Estudos empíricos feitos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontam para significativa ampliação da estrutura institucional de participação, centrada no aumento de Conferências Nacionais e Conselhos Nacionais de Políticas Públicas. Partindo de estudos qualitativos, a participação política do movimento LGBT como grupo subalterno gerou laços de dependência no que tange a recursos materiais e simbólicos, fazendo-o conformar-se no Estado e não diante deste. Isso repercutiu em sua autonomia e organização gerando a adesão e o consenso ativo do grupo subalterno junto ao bloco no poder. Ao comprometer a constituição do movimento enquanto sujeito político autônomo, a relação aponta para a hegemonia exercida pelo governo sobre a população LGBT.



Resumo Inglês:

The article analyzes the relationship between the lesbian, gay, bisexual, transgender (LGBT) movement with the governments of Lula da Silva and Dilma Rousseff based on their  participatory policies. Empirical studies by the Institute of Applied Economic Research (IPEA) point to a significant expansion of the institutional structure of participation, centered on the increase of National Conferences and National Councils of Public Policies. Based on qualitative studies, the political participation of the LGBT movement as a subordinate group generated ties of dependence on material and symbolic resources, making the group conform within the State and not before it. This impacted on their autonomy and organization, generating the active adhesion and consensus of the subordinate group with the power bloc. By compromising the constitution of the movement as an autonomous political subject, the relation points to the hegemony exercised by the government over the LGBT population.