Penso(hegemonicamente), logo existo: reflexões acerca da pesquisa acadêmica no mestrado profissional emEducaçãodaUEMS

Revista Devir Educação

Endereço:
Caixa Postal 3037 - Centro
Lavras / MG
37200-900
Site: http://devireducacao.ded.ufla.br/
Telefone: (35) 3829-3105
ISSN: 2526-849X
Editor Chefe: Dalva de Souza Lobo
Início Publicação: 30/05/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Penso(hegemonicamente), logo existo: reflexões acerca da pesquisa acadêmica no mestrado profissional emEducaçãodaUEMS

Ano: 2020 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Kelly Queiroz dos Santos, Ana Carolina Pereira de Souza, Marcela dos Santos Ortiz, Marcos Antônio Bessa-Oliveira
Autor Correspondente: Kelly Queiroz dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: pesquisa acadêmica, descolonial, educação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho deseja apontar (re)verificações acerca da pesquisa Acadêmica em Educação. As (re)verificações serão feitas a partir de uma perspectiva descolonial e das experivivênciasdas autoras em questão. As mulheres e autoras desta pesquisa são pesquisadoras de um Programa de Mestrado Profissional em Educação e trazem para esta pesquisa relatos de suas experiências como participantes/discentesdo programa. No decorrer das disciplinas e da produção dos projetos de pesquisas, as autoras constataram algumas divergências acerca de como a pesquisa acadêmica está posta, em grande parte, com visada eurocêntrico-moderna. Pois, se pensarmos(hegemonicamente), logo existiremos. Neste sentido, a reflexão em questão objetiva apresentara episteme descolonial de abordagem dos referidos projetos em desenvolvimento para realização de pesquisas em Educação que versema partir das histórias locaisnasquaisesses projetos e pesquisadoras estão situados: no estado doMato Grosso do Sul. Haja vista que a perspectiva moderna universal/homogeneizanteainda impera na maioria das Universidades. Esperamos com a reflexão epistêmica evidenciar que é preciso descolonizar o saber para contemplar a máxima descolonial também na Educação: ser, sentir para saber fazer sendo. Pois, pensamos porque sentimos. Logo,tendo em vista a perspectiva descolonial dos trabalhos das autoras juntamente com o do orientadorde ambas, a perspectiva eurocêntrica, hegemônica e moderna que ainda impera na pesquisa acadêmica, não nos cabe. Para isso trazemos reflexões e experiências em diálogoscom diversos autores que pensam de forma outra a pesquisa acadêmica, propondo a opção descolonial como possibilidade para mudançasda estrutura disciplinar moderna controladora das Uni-versidades.

Resumo Inglês:

The present work aims to point out (re)verifications about Academic research in Education. The (re)checks will be made from a decolonial perspective and from the experiences of the authors in question. The women and authors of this analysis are researchers in a Professional Master's degree Program in Education and bring to this research reports of their experiences as participants/students of the program. Throughout the disciplines and the production of research projects, the authors found some divergences about how academic research have, in large part, a Eurocentric-modern approach. Forif we think (hegemonically), therefore, we exist. In this point, the reflection in question aims to present the decolonial episteme of approaching the previously stated projects in development for carrying out research in Education that deal with the local histories in which these projects and researchers are located: in the state of Mato Grosso do Sul. Bearing in mind the modern universal/homogenizing perspective still prevails in most Universities, we hope with the epistemic reflection to show that it isnecessary to decolonize knowledge to contemplate the decolonial maxim also in Education: being, feeling to know how to do being. After all, we think because we feel. Therefore, in view of the decolonial perspective of the authors' works together with the supervisor of both, the Eurocentric, hegemonic and modern perspective that still prevails in academic research, is not up to us. For this, we bring reflections and experiences in dialogues with several authors who think academic research in a different way, proposing the decolonial option as a possibility for changes in the modern disciplinary structure that controls the Uni-versities.