Percebendo o corpo que aprende: Considerações teóricas e indicadores para avaliação da linguagem não-verbal de escolares do 1º. Ciclo do Ensino Fundamental

Ensaio

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ISSN: 0104-4036
Editor Chefe: Fátima Cunha
Início Publicação: 01/10/1993
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciência da computação, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Serviço social, Área de Estudo: Engenharias

Percebendo o corpo que aprende: Considerações teóricas e indicadores para avaliação da linguagem não-verbal de escolares do 1º. Ciclo do Ensino Fundamental

Ano: 2004 | Volume: 12 | Número: 45
Autores: Iris Lima e SilvaI, Ana Cristina M. T. de Almeida, Elaine Romero, Heron Beresford
Autor Correspondente: Heron Beresford | [email protected]

Palavras-chave: indicadores, avaliação, linguagem não-verbal, escolares, 1º ciclo do ensino fundamental

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir do pensamento moderno de visão de corpo que se funda na dicotomia corpo/alma, se desenvolveu a dificuldade em observar o Homem como uma unidade em que contam as contribuições dos diversos domínios que o integram de forma interatuante (biofísico, biopsíquico e biossocial). Essa visão reproduzida e perpetuada nos cursos de formação de professores levou-os a assimilar e colocar em prática essa dicotomia. Consequentemente nas escolas de hoje ainda predomina um modelo tradicional de classe, no qual o corpo é ignorado na sua linguagem gestual que, na maioria das vezes, traduz o que não é verbalizado pelo aluno: emoções, dificuldades e conflitos existenciais. Esta prática educativa é preocupação contemporânea da política educacional brasileira, que nos Parâmetros Curriculares Nacionais firma objetivos no sentido de humanizá-la e diversificá-la. Isso porque, hodiernamente, se reconhece que alunos na faixa etária correspondente ao 1º. Ciclo do Ensino Fundamental comunicam-se através de uma grande diversidade de canais e que, em geral, apresentam alguma dificuldade de se expressarem com proficiência somente através da linguagem verbal. No entanto, ao fazerem-no utilizando-se de outras formas de linguagem, podem não ser devidamente compreendidos por seus educadores que não possuem, em alguns casos, referências teóricas ou indicadores para avaliar as condutas e comportamentos motores expressos através da referida linguagem. Sendo assim, este estudo teve como objetivo apresentar algumas considerações teóricas acerca da problemática da linguagem não verbal, inserida no contexto da comunicação humana, bem como estabelecer alguns indicadores para avaliação da linguagem gestual e afetiva dos alunos do 1º. ciclo do Ensino Fundamental, que permitam uma melhor compreensão das dificuldades daqueles escolares. Tais considerações indicaram que a linguagem não-verbal, constituída pela aparência física, movimentos e/ou outras expressões corporais, desempenham um importante papel na comunicação humana, no relacionamento social e no processo cognitivo e que, algumas situações que se desenrolam em classe como o riso, os movimentos das mãos, o olhar, os gestos arcaicos, os comportamentos de combate e a descarga de adrenalina, podem servir de indicadores ou parâmetros para se interpretar a linguagem não-verbal ou corporal dos alunos, possibilitando à escola constituir-se como um lugar que leve em conta o corpo; um corpo-indivíduo que está ali a revelar sentimentos indizíveis, pulsões e contradições próprios do seu fazer-se, do seu inserir-se no mundo.



Resumo Inglês:

Based on the modern thought of body observation which concerns the dichotomy body/mind, one could develop the difficulty in observing the Man (human being) as a unit in which counts of contributions such as several commands that makes part of it, in an interactive way (biophysic, biophsychic and biosocial). This observation reproduced and carried on in most graduation courses to teachers, is passed on to them and once more the dichotomy is sustained. Consequently, schools now a days still hold a traditional model of class, in which the body is ignored in its gestual language, that translates in most of time, what is not verbalized by the student: emotions, difficulties and existential conflicts. This method of teaching is the biggest concern of brazilian educational system, which in National Curricular Parameters, established main points to humanize and diversifying it. This concern came from the recognition of some communications signs of students from the age of basic school. The students can communicate through a great diversity of channels and currently, they can't express themselves with proficiency only trough verbal language. However, when using other ways to do, some are not understood by their teachers, because sometimes those teachers don't hold some theoretical references or the knowledge to evaluate the conducts and behavior expressed by this language. Thus, this research had the main porpose of present some theoretical considerations about non-verbal language, in the context of human communication, such as establishing some mains points to gestual and affective language of students from the age of basic schools, that allows a better comprehension of those students difficulties .This consideration indicated that non-verbal language, which consists on physical appearance, movements and/or other body expressions, play an important role in human communication, in social relationship and in a cognitive process. So, some experiences that happens in any normal class such as laugh, hands movements, a look special gestures, combat behaviors and adrenaline discharge, can be indicators or parameters to interpret the non -verbal language of students body, allowing the school to be a place where body communication is really important.



Resumo Espanhol:

A partir del pensamiento moderno de la visión del cuerpo que se fundamenta en la dicotomía cuerpo / alma, se desarrollo la dificultad en observar al Hombre como una unidad en la que cuentan las contribuciones de los diversos dominios que lo integran de forma Interactuante (biofísico, biosíquico y biosocial). Esa visión reproducida y perpetuada en los cursos de formación de profesores los llevó a asimilar y colocar en práctica esa dicotomía. Consecuentemente en las escuelas de hoy todavía predomina un modelo tradicional de clase, en la cual el cuerpo es ignorado en su lenguaje gestual que, casi siempre, traduce lo que no es verbalizado por el alumno: emociones, dificultades y conflictos existenciales. Esta práctica educativa es una preocupación contemporánea de la política educativa brasileña, que en los Parámetros Curriculares Nacionales se pone objetivos con el fin de humanizarla y diversificarla. Esto porque, actualmente, se reconoce que los alumnos con edad media correspondiente al 1º. Ciclo de la Enseñanza Fundamental se comunican a través de una gran diversidad de canales y que, en general, presentan alguna dificultad de expresarse con preeficiencia solamente a través del lenguaje verbal. Sin embargo, al hacerlo utilizándose de otras formas de lenguaje, puede que no sean debidamente comprendidos por sus educadores que no poseen, en algunos casos, referencias teóricas o indicadores para avaluar las conductas y comportamientos motores expresos a través de la referida del lenguaje. Siendo así, este estudio tuvo como objetivo presentar algunas consideraciones teóricas acerca de la problemática del lenguaje no verbal, inserida en el contexto de la comunicación humana, así como establecer algunos indicadores para la evaluación del lenguaje gestual y afectiva de los alumnos del 1er. ciclo de la Enseñanza Fundamental, que permitan una mejor comprensión de las dificultades de aquellos escolares. .Tales consideraciones indicaron que el lenguaje no-verbal, constituido por la apariencia física, movimientos y/o otras expresiones corporales, desempeñan un importante papel en la comunicación humana, en la relación social y en el proceso cognitivo y que, en algunas situaciones que se desenvuelven en la clase como la risa, los movimientos de las manos, la mirada, los gestos arcaicos, el comportamiento de combate y la descarga de adrenalina, pueden servir de indicadores o parámetros para interpretarse el lenguaje no-verbal o corporal de los alumnos, posibilitándole a la escuela constituirse como un lugar que tome en cuenta el cuerpo; un cuerpo-individuo que está allí revelando sentimientos indecibles, pulsiones y contradicciones propios del si mismo, de su inserción en el mundo.