Portugal é um dos países da União Europeia que possui maior percentagem de população com idade igual ou superior a 65 anos – 21,1% em 2017 (SAKELLARIDES, 2019), sendo o índice de envelhecimento de 159,4 pessoas idosas por cada 100 jovens (INE, 2019). Tal realidade comporta, necessariamente, implicações e desafios a que importa atender na edificação de uma sociedade democrática, justa e promotora do fortalecimento das pessoas de todas as idades (LIMA, 2016). O envelhecimento, enquanto processo inerente à vida do ser humano é experienciado de forma diferente pelos indivíduos, em função de múltiplas dimensões, com impacto no corpo e na aparência (BLESSMANN, 2004). Nesse sentido, considerando o paradigma do envelhecimento ativo – enquanto processo de otimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, e de promoção da melhoria da qualidade de vida durante o envelhecimento (OMS, 2005) bem como o do envelhecimento saudável (OMS, 2015) – enquanto processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar em idade avançada, marcando a trajetória de saúde de cada indivíduo, considerou-se premente investigar a perceção de pessoas idosas sobre o seu corpo. Relata-se aqui um estudo de natureza exploratória, ainda em curso (enquadrado num estudo comparativo entre Portugal e Polónia), onde se inquiriram 19 pessoas com 60+ anos de idade a frequentar 2 Universidades Seniores do Norte de Portugal, a fim de dar resposta à questão «Como é que pessoas idosas que frequentam a universidade sénior veem o seu corpo?». Os principais resultados evidenciam: i) uma perceção de corpo enquanto ‘realidade biológica’; ii) que os/as participantes cuidam do seu corpo; iii) que as pessoas idosas, atualmente, têm ‘preocupação com a sua aparência’; iv) sendo ‘o enfoque atual na corporalidade um desafio para todos/as e não apenas para as pessoas idosas’.
As one of the most aged populations in Europe (65 years old or more), Portugal with its 21.1% (SAKELLARIDES, 2019) is a country where there are 159.4 elders for every 100 young-old (INE, 2019). Such reality implies challenges that must be attended in order to promote a democratic society, straightening people of all ages (LIMA, 2016). Being a process inherent to human life, aging is experienced by each one in different forms, as it becomes visible through body and appearance (BLESSMANN, 2004). Considering the active aging paradigm as a process of opportunity optimization for health, participation and safety, and as a process of life quality improvement during aging (WHO, 2005), as well of healthy aging (WHO, 2015), we found it was imperious to inquire elderly about their body, keeping in mind the well-being of each individual as well keeping in score each health trajectory. We present an exploratory study, still in development (framed in a comparative study between Portugal and Poland): 19 individuals with 60 or more years old, attending at Senior Universities in North Portugal, were inquired about «how elderly, attending at senior university classes, see their bodies?». Main results showed: i) body perception as a ‘biological evidence’; ii) attendants take care of their bodies; iii) nowadays, elderly have concerns about their appearance; iv) modern focus on physicality is not only a challenge for elderly, but a general concern.
Portugal es uno de los países de la Unión Europea que tiene el porcentaje más alto de población de 65 años o más: 21,1% en 2017 (SAKELLARIDES, 2019), con una tasa de envejecimiento de 159,4 ancianos por cada 100 jóvenes. (INE, 2019). Tal realidad necesariamente conlleva implicaciones y desafíos que deben ser abordados en la construcción de una sociedad democrática, justa que promueva el empoderamiento de personas de todas las edades (LIMA, 2016). El envejecimiento, como proceso inherente a la vida humana, es vivido de manera diferente por los individuos, debido a múltiples dimensiones, con impacto en el cuerpo y la apariencia (BLESSMANN, 2004). En este sentido, considerar el paradigma del envejecimiento activo - como un proceso de optimización de oportunidades de salud, participación y seguridad, y promover la mejora de la calidad de vida durante el envejecimiento (OMS, 2005) así como la del envejecimiento saludable (OMS, 2015) - como un proceso de desarrollo y mantenimiento de la capacidad funcional que permite el bienestar en la vejez, marcando la trayectoria de salud de cada individuo, se consideró urgente investigar la percepción de las personas mayores sobre su cuerpo. Presentamos aquí un estudio exploratorio, aún en curso (enmarcado en un estudio comparativo entre Portugal y Polonia), en el que se encuestaron 19 personas mayores de 60 años que asistían a 2 Universidades Senior en el Norte de Portugal para responder a la pregunta "¿Cómo ven tu cuerpo las personas mayores que asisten a la universidad?". Los principales resultados muestran: i) una percepción del cuerpo como una 'realidad biológica'; ii) que los participantes cuiden su cuerpo; iii) que las personas mayores de hoy están "preocupadas por su apariencia"; iv) ser "el enfoque actual de la corporalidad un desafío para todos y no solo para las personas mayores".