PIADAS SURDAS COMO UMA PRÁTICA DE RESISTÊNCIA

Revista Espaço

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ISSN: 25256203
Editor Chefe: Wilma Favorito
Início Publicação: 31/12/1989
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística, Área de Estudo: Multidisciplinar

PIADAS SURDAS COMO UMA PRÁTICA DE RESISTÊNCIA

Ano: 2008 | Volume: Especial | Número: 29
Autores: Maria Clara Maciel de Araújo Ribeiro
Autor Correspondente: Maria Clara Maciel de Araújo Ribeiro | [email protected]

Palavras-chave: piadas, gênero, comunidade surda

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Partindo do princípio de que a comunidade surda determina de maneira específica o seu funcionamento lingüístico-cultural interno, este estudo objetiva refletir sobre o gênero piada nessa comunidade. Para tanto, duas piadas surdas narradas em Libras por um surdo universi-tário serão analisadas. Concluímos, ao fim, que tais piadas pertencem a um rico acervo que se origina dos saberes surdos e da vivência visual, seguindo um esquema próprio, uma lógica surda que se mostra original e independente. Não se trata de transferir significados ou questões simbólicas gerais para o universo surdo, mas de expressar, através do humor, os discursos que constituem a rede simbólica e discursiva da comunidade surda.



Resumo Inglês:

This study brings some reflections on the joke gender in the deaf community assuming that this community determines and specifies its own cultural and linguistic mechanisms. Two deaf jokes narrated in LIBRAS (Brazilian Sign Language) by a Brazilian student are analyzed. We conclude that such jokes belong to a rich collection originated from the deaf knowledge and the related visual experience of an original and independent deaf logic and specific scheme. Opposing the idea that these jokes consist of a simple transfer of meaning or of general symbolic issues to the deaf universe, deaf jokes express, through humor, discourses from a symbolic and discursive network, specific of the deaf community.