A poética de Francis Bacon

Revista de Psicologia

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Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

A poética de Francis Bacon

Ano: 2012 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: S. Borges
Autor Correspondente: S. Borges | [email protected]

Palavras-chave: real, tempo, espaço, francis bacon

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A partir da perspectiva psicanalítica, a autora aborda a obra de Francis Bacon se utilizando de uma concepção estética que a reconhece como uma realidade ontológica. Dessa forma, considera que como obra de arte, são seus próprios elementos constitutivos, numa tensão interna, que são capazes de provocar efeitos ou as sensações que são o seu objetivo último conforme defendia Bacon. Em sua análise a autora examina e discute a dialética “tempo - espaço”, revelada pelo poeta pintor, como sendo de especial interesse para a clínica psicanalítica na medida em que esclarece importantes questões relativas ao Real como impossível, tal como o compreendeu Lacan. A pintura de Bacon examinada como referência à “sublimação criacionista da pulsão de morte” permite, segundo a autora, vislumbrarmos o para além da cadeia significante. Conclui que a arte, assim como a clínica psicanalítica, supõe deslocamentos subjetivos que implicam corte - rompimento com a tendência unificadora e pacificadora de Eros.



Resumo Inglês:

From the psychoanalytic perspective, the author discusses the work of Francis Bacon by using a aesthetic conception that recognizes it as an ontological reality. Thus, consider that as a work of art, their own constituents, in internal tension, are capable of causing effects or sensations that are its ultimate goal as advocated by Bacon. In his analysis, the author examines and discusses the dialectic “time - space,” revealed by the poet/painter, as being of particular interest to the psychoanalytic clinic once itt clarifies important issues related to Real as impossible, as Lacan understood. Bacon’s painting examined by reference to the “creationist sublimation of the death drive” allows us, according to the author, to glimpse beyond the significant chain. The author concludes that art, like the psychoanalytic clinic, assumes subjective displacements implies in cutting - breaking with the trend of an Eros that unifies and pacifies.