Ao longo das últimas décadas ocorreram grandes mudanças no papel do Estado nas
polÃticas da educação pública, especialmente através da ação de entidades
transnacionais e supranacionais. Seguiu-se um processo de crescente subordinação da
educação aos imperativos da economia no capitalismo tardio e a teorias de
organização e liderança escolares de feição empreendedorista. Algumas dimensões
daquilo a que o autor chama o cânone gerencialista e a hiperburocratização das
escolas são analisadas com referência a tendências internacionais e também à mais
recente reforma portuguesa do sistema de gestão das escolas estatais. São sugeridos,
para futuras investigações, possÃveis impactos das mudanças polÃticas e
organizacionais introduzidas, principalmente relativas ao processo de trabalho dos
professores e às tendências para a competitividade, a desprofissionalização, a
subordinação e a alienação.