O trabalho tem por objetivo refletir sobre as relações contraditórias entre as políticas públicas de Educação Especial e a posição da FENAPAEs sobre a inclusão escolar. Fez-se a análise documental dos textos normativos da Educação Especial e do texto da federação que se posiciona pela permanência das escolas especiais. Os dados foram analisados sob pensamento de Gramsci. Os resultados evidenciaram que as APAEs correspondem a uma sociedade civil que atua dentro do Estado, por meio do qual ocupa seu espaço na hegemonia política sobre a educação para as pessoas com deficiência. As políticas públicas, sujeitas às exigências de produção e às condições sociais de um determinado momento histórico, são planejadas em consenso com a federação e articuladas com o projeto de uma escola inclusiva. O embate em relação à educação inclusiva dentro do Estado revela que seus objetivos são neoliberais e procurase apoio dos seus aparelhos para manter a hegemonia sobre qual educação deve ser garantia.