O ensaio em questão busca apresentar alguns dos saberes que construíram o campo da teoria queer e discutir algumas noções que foram importantes para sua emergência como campo conceitual. O dispositivo da sexualidade de Michel Foucault e a performatividade de gênero de Judith Butler contribuíram para conformar um vasto repertório conceitual, constantemente utilizado e interrogado. A partir dessas leituras, através de procedimentos bibliográficos, intentamos debater a estética da existência em Michel Foucault e de que maneiras podemos pensá-la em articulação com o cenário contemporâneo e com os estudos queer. Percebemos que as práticas conservadoras atuais são reação ao aparecimento dos corpos queer e que suas ações visam circunscrever a violência como política de morte. Como devir, podemos pensar na resistência como caminho produtivo, fomentando outras formas de vida. Pela estética da existência queer talvez seja possível reivindicar outros modos de vida.
The essay in question seeks to present the knowledges that built the field of queer theory and discuss some notions that were important for its emergence as a conceptual field. Michel Foucault’s sexuality device and Judith Butler’s gender performativity have contributed to conform a vast conceptual repertoire, constantly used and questioned. From these readings, through bibliographical Robson Guedes da Silva; Paula Corrêa HenningRev. FAEEBA – Ed. e Contemp., Salvador, v. 32, n. 72, p. 250-265, out./dez. 2023251procedures, we intend to discuss the aesthetics of existence in Michel Foucault and in what ways we can think of it in articulation with the contemporary scenario and with queer studies. We realize that the current conservative practices are a reaction to the emergence of queer bodies and that their actions aim to circumscribe violence as a politics of death. As becoming, we can think of resistance as a productive path, fomenting other forms of life. Through the aesthetics of queer existence it may be possible to claim other ways of life.
El ensayo en cuestión busca presentar los saberes que construyeron el campo de la teoría queer y discutir algunas nociones que fueron importantes para su emergencia como campo conceptual. El dispositivo de la sexualidad de Michel Foucault y la performatividad de género de Judith Butler han contribuido a conformar un vasto repertorio conceptual, constantemente utilizado y cuestionado. A partir de estas lecturas, mediante procedimientos bibliográficos, nos proponemos discutir la estética de la existencia en Michel Foucault y de qué manera podemos pensarla en conjunción con el escenario contemporáneo y los estudios queer. Nos damos cuenta de que las prácticas conservadoras actuales son una reacción a la emergencia de los cuerpos queer y que sus acciones apuntan a circunscribir la violencia como política de muerte. Como devenir, podemos pensar la resistencia como un camino productivo, propiciador de otras formas de vida. A través de la estética de la existencia queer puede ser posible reivindicar otras formas de vida.