Por uma política criminal de gênero: interfaces entre a Criminologia Feminista e a Criminologia Crítica

Boletim IBCCRIM

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ISSN: 2965-937X
Editor Chefe: Fernando Gardinali
Início Publicação: 01/01/1993
Periodicidade: Mensal
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

Por uma política criminal de gênero: interfaces entre a Criminologia Feminista e a Criminologia Crítica

Ano: 2019 | Volume: Especial | Número: Especial
Autores: Jairton Ferraz Júnior
Autor Correspondente: Jairton Ferraz Júnior | [email protected]

Palavras-chave: Criminologia Crítica, Criminologia Feminista, política criminal de gênero

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Criminologia Feminista revela que, imutavelmente, no decorrer da história e em diferentes sociedades e contextos sociais, a taxa de criminalidade feminina se manteve consideravelmente menor do que a masculina. Os textos criminológicos, aliás, sempre mostraram que as mulheres em geral delinquem bem menos do que os homens. Sutherland e Cressey, de forma incisiva, já asseveravam que o status sexual é o principal aspecto para diferenciar criminosos de não criminosos. Dão o seguinte exemplo para ilustrar a relevância do gênero: “se pedissem a um investigador para usar um único aspecto para prever que pessoas numa cidade de 10 mil habitantes se tornariam criminosas, ele cometeria menos erros escolhendo simplesmente o status sexual e prevendo criminalidade para homens e não criminalidade para mulheres. Ele erraria em muitos casos, pois a maioria dos homens não se tornariam criminosos, e poucas mulheres seriam criminosas. Mas erraria num número maior de casos se usasse qualquer outro aspecto isolado, como idade, raça, histórico familiar ou características de personalidade”.