A POSSÍVEL AUSÊNCIA DO CONCEITO DE GÊNERO NA VISÃO DE PROFESSORAS DE ENSINO FUNDAMENTAL

Revista Ibero-America de Estudos em Educação

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ISSN: 1982-5587
Editor Chefe: José Luís Bizelli
Início Publicação: 31/12/2005
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Biológicas, Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: Filosofia, Área de Estudo: Geografia, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Psicologia, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Engenharias, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

A POSSÍVEL AUSÊNCIA DO CONCEITO DE GÊNERO NA VISÃO DE PROFESSORAS DE ENSINO FUNDAMENTAL

Ano: 2009 | Volume: 4 | Número: 3
Autores: Valéria Marta Nonato Fernandes MOKWA Fátima Aparecida Coelho GONINI Paulo Rennes Marçal RIBEIRO
Autor Correspondente: Valéria Marta Nonato Fernandes MOKWA | [email protected]

Palavras-chave: Gênero. Heteronormatividade. Formação docente.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo traz algumas reflexões sobre as concepções de gênero e homossexualidade abordadas na escola ppor um grupo de docentes. O trabalho é um recorte de um projeto denominado Corpo esse Desconhecido desenvolvido em uma escola do interior paulista. O estudo segue referenciado pela Teoria das Representações, objetivando apreender as representações sociais de oito docentes referente à questões relacionadas a gênero e homossexualidade expressas na escola. Para obtenção dos dados foi aplicado um questionário aberto e a redação de diário de campo fundamentado na metodologia da pesquisa etnográfica escolar. O material obtido foi categorizado e organizado em duas tabelas com respectivas unidades temáticas. A análise do material revelou que as professoras têm pouco conhecimento científico a respeito dos temas, possuindo representações sociais marcadas pela influência cultural, que dificulta a abordagem desses temas, e quando os abordam, é de maneira tímida, sem permitir reflexão e problematização. O estudo sugere que elas estão impregnadas de valores sexistas em que há uma naturalização das diferenças de gênero, apesar de evidenciarem a necessidade de conversar e refletir a respeito do assunto. A homossexualidade aparece como difícil de ser compartilhada pois se referem a ela de forma estereotipada e discriminatória. As professoras reivindicaram a continuação do projeto ao tomar ciência de suas fragilidades diante das discussões dessas questões, revelando a necessidade de formação através de estudos que subsidiem a sua prática pedagógica. Depreende-se ser necessária a efetiva participação de todos os envolvidos nesse projeto para trabalhar as questões que atrelam o gênero e a homossexualidade.