É fato conhecido que, pelo menos em termos das ciências não tão exatas (se é que são ciências; melhor, se é que o que consideraríamos ciência é ciência), como a literatura, a psicologia ou a antropologia, a famosa compartimentalização dos conhecimentos tem se comportado de modo estranho, indo muita vez em um vai-e-vem típico dos nervosos futuros papais no corredor de uma maternidade qualquer. Obviamente a percepção de que certos objetos não são tão delimitados e precisos – de que talvez, ¡ó cruel desventura!, não passem de axiomas – quanto se queria na época em que seus respectivas ciências foram fundadas (caso da literatura não menos que da sociologia e da psicologia) contribui para que tal diluição aconteça.