POTENCIAL EROSIVO DA CHUVA NO VALE DO RIO DOCE, REGIÃO CENTRO LESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – PRIMEIRA APROXIMAÇÃO

Ciência E Agrotecnologia

Endereço:
Editora UFLA - Campus Histórico - Universidade Federal de Lavras
Lavras / MG
Site: http://www.editora.ufla.br/revista/
Telefone: (35) 3829-1532
ISSN: 14137054
Editor Chefe: Renato Paiva
Início Publicação: 31/12/1976
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Agronomia

POTENCIAL EROSIVO DA CHUVA NO VALE DO RIO DOCE, REGIÃO CENTRO LESTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – PRIMEIRA APROXIMAÇÃO

Ano: 2009 | Volume: 33 | Número: 6
Autores: Flávio Pereira de Oliveira, Marx Leandro Naves Silva, Nilton Curi, Mayesse Aparecida da Silva, Carlos Rogério de Mello
Autor Correspondente: Flávio Pereira de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: erosividade, planejamento conservacionista, coeficiente da chuva, período de retorno da chuva

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Entre os fatores climáticos que interferem na erosão hídrica, a precipitação pluvial, expressa pela erosividade da chuva, é
o de maior importância. Portanto, seu conhecimento torna-se fundamental na recomendação de práticas de manejo e conservação
do solo que visem à redução da erosão hídrica. Nesse contexto, os objetivos deste trabalho foram: a) determinar a erosividade da
chuva e sua distribuição, na região do Vale do Rio Doce, MG, para nove sub-regiões; b) estimar o índice EI30 mensal, no período
de 1969 a 2005, para os municípios de Ferros e Guanhães e c) determinar o tempo de retorno dos índices mensais e anuais de
erosividade. O valor médio de erosividade obtido foi de 12.913 MJ mm ha-1 h-1 ano-1, sendo classificado como muito alto. Entre as
sub-regiões, os valores de erosividade variaram de 8.243 a 26.676 MJ mm ha-1 h-1 ano-1. O período crítico em relação à erosão
hídrica, em razão da ocorrência de chuvas erosivas, é de janeiro-março e novembro-dezembro, contribuindo com 88,6% da
erosividade anual. De abril a outubro, praticamente inexiste a ocorrência de erosividade crítica. Os valores máximos individuais
estimados para os tempos de retorno de 1, 10, 50 e 150 anos foram de 5.508, 15.534, 18.110, 19.632 e 5.542, 17.653, 20.954,
22.931 MJ mm ha-1 h-1 ano-1, para Ferros e Guanhães, respectivamente. A determinação dos valores de erosividade ao longo do ano
permite identificar os meses nos quais os riscos de perdas de solo e água são mais elevados, o que exerce relevante papel no
planejamento das práticas conservacionistas.



Resumo Inglês:

Among the climatic factors that interfere in water erosion, precipitation, expressed by the rainfall erosivity, is of great
importance. Therefore, its knowledge becomes fundamental for the recommendation for soil management and conservation practices
that seek the reduction of water erosion. In that context, the objectives of this work were: a) to determine the rainfall erosivity and
its distribution at Rio Doce Valley, Minas Gerais State, for nine sub-regions, b) to estimate the monthly EI30 index in the period from
1969 to 2005 for Ferros and Guanhães counties, and c) to determine the return periods of the monthly and yearly erosivity indexes.
The average erosivity value obtained was 12.913 MJ mm ha-1 h-1 year-1, being classified as very high. Among the sub-regions, the
erosivity values varied from 8.243 to 26.676 MJ mm ha-1 h-1 year-1. The critical periods in relation to water erosion due to the
occurrence of erosive rains are January-March and November-December, contributing with 88.6% of the annual erosivity. From April
to October, the occurrence of critical erosivity practically does not exist. The estimated individual maximum values for the return
periods of 1, 10, 50, and 150 years were of 5.508, 15.534, 18.110, 19.632, and 5.542, 17.653, 20.954, 22.931 MJ mm ha-1 h-1 year-
1 for Ferros and Guanhães, respectively. The determination of the erosivity values throughout the year allows to identify the months
in which the risks of soil and water losses are higher, which is important for planning the conservation practices.