A prática docente e as relações de gênero e sexualidades: conversando com professoras e professores

Revista Espaço Pedagógico

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ISSN: 2338-0302
Editor Chefe: Telmo Marcon
Início Publicação: 23/07/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

A prática docente e as relações de gênero e sexualidades: conversando com professoras e professores

Ano: 2020 | Volume: 27 | Número: 1
Autores: Anderson Ferrari, Claudete Imaculada de Souza Gomes,Cláudio Magno Gomes Berto
Autor Correspondente: Anderson Ferrari | [email protected]

Palavras-chave: Escolas. Gênero. Sexualidades.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Qual tem sido o trabalho com gênero e sexualidade realizado por professores e professoras em 3 escolas na

cidade de Juiz de Fora? Essa é a pergunta foco que direciona as análises neste artigo em torno das questões

surgidas em uma pesquisa de mestrado realizada entre os anos de 2015-2016. Como gênero e sexualidade são

organizadores sociais, resultado de construção histórica e cultural, ouvir e dialogar com professoras e professo-

res é reforçar a ideia de que escolas não são essências, mas fruto de relações entre indivíduos e sociedade. Nesse

sentido, estamos assumindo a perspectiva teórico-metodológica pós-estruturalista, influenciada pelos estudos

foucaultianos, principalmente a partir da noção de problematização, vinculada à história do pensamento, que,

não se propondo a oferecer soluções, proporciona a oportunidade de ampliar o debate sobre pesquisa no cam-

po educacional. Como processo metodológico aplicamos um questionário nas escolas da cidade para identificar

que professoras e professores assumiam fazer um trabalho com gênero e sexualidade. Dos 36 professores e

professoras que assumiram tal trabalho, somente 5 aceitaram participar dos grupos focais em que discutimos as

respostas ao questionário. São com essas falas construídas nos grupos focais que vamos trabalhar. Dois aspectos

aparecem como resultados das conversas. O primeiro é a evidencia de que as professoras e os professores ad-

quirem e colocam em prática conhecimentos que se referem às relações de gênero e sexualidade e conseguem

fazer articulações com o seu fazer docente. O segundo é a demonstração de que as escolas que trabalham reali-

zam um trabalho com gênero e sexualidade.

 



Resumo Inglês:

What has been the work with gender and sexuality performed by female teachers in 3 schools in the city of Juiz

de Fora? This is the focus question that directs the analyzes in this article around the issues raised in a master’s re

-

search conducted between 2015-2016. As gender and sexuality are social organizers, the result of historical and

cultural construction, listening and dialogue with teachers is to reinforce the idea that schools are not essences,

but the result of relationships between individuals and society. In this sense, we are taking the poststructuralist

theoretical-methodological perspective, influenced by Foucaultian studies, mainly from the notion of proble

-

matization, linked to the history of thought, which, not proposing to offer solutions, provides the opportunity

to broaden the debate about research in the educational field. As a methodological process we applied a ques-

tionnaire in the city’s schools to identify which teachers assumed to do work with gender and sexuality. Of the

36 teachers who took on such work, only 5 agreed to participate in the focus groups in which we discussed the

questionnaire responses. It is with these lines built in focus groups that we will work. Two aspects appear as a

result of conversations. The first is the evidence that teachers have acquired and put into practice knowledge

that refers to gender relations and sexuality and can articulate with their teaching practice. The second is the

demonstration that working schools do gender and sexuality work.



Resumo Espanhol:

¿Cuál ha sido el trabajo con género y sexualidad realizado por maestras en 3 escuelas de la ciudad de Juiz de

Fora? Esta es la pregunta principal que dirige los análisis en este artículo en torno a los temas planteados en una

investigación de maestría realizada entre 2015-2016. Como el género y la sexualidad son organizadores sociales,

el resultado de la construcción histórica y cultural, la escucha y el diálogo con los docentes es reforzar la idea de

que las escuelas no son esencias, sino el resultado de las relaciones entre los individuos y la sociedad. En este

sentido, estamos tomando la perspectiva teórico-metodológica postestructuralista, influenciada por los estu-

dios foucaultianos, principalmente desde la noción de problematización, vinculada a la historia del pensamien-

to, que, al no proponer soluciones, brinda la oportunidad de ampliar el debate sobre investigación en el campo

educativo. Como proceso metodológico, aplicamos un cuestionario en las escuelas de la ciudad para identificar

qué maestros asumían que trabajaban con género y sexualidad. De los 36 maestros que asumieron dicho traba-

jo, solo 5 aceptaron participar en los grupos focales en los que discutimos las respuestas al cuestionario. Es con

estas líneas integradas en grupos focales que trabajaremos. Dos aspectos aparecen como resultado de las con-

versaciones. La primera es la evidencia de que los maestros han adquirido y puesto en práctica conocimientos

que se refieren a las relaciones de género y la sexualidad y que pueden articularse con su práctica docente. La

segunda es la demostración de que las escuelas que trabajan hacen trabajo de género y sexualidad.