PRÁTICAS ANTIRRACISTAS NOS PROCESSOS CURRICULARES COM AS REDES EDUCATIVAS COTIDIANAS DAS MULHERES NA BACIA DO RIO FORMATE

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ISSN: 1983-1579
Editor Chefe: Maria Zuleide Pereira da Costa
Início Publicação: 29/02/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

PRÁTICAS ANTIRRACISTAS NOS PROCESSOS CURRICULARES COM AS REDES EDUCATIVAS COTIDIANAS DAS MULHERES NA BACIA DO RIO FORMATE

Ano: 2022 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: Edilene Machado dos Santos e Soler Gonzalez
Autor Correspondente: Edilene Machado dos Santos | [email protected]

Palavras-chave: Mulheres Negras. Práticas antirracistas. Processos curriculares.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo dialoga com as escrevivências de uma professora pesquisadora, engajada e insubmissa, para evidenciar práticas antirracistas nos processos curriculares envolvendo as questões étnico-raciais com as redes educativas cotidianas de mulheres que vivem e lutam em defesa da preservação do rio Formate do município de Viana do estado do Espírito Santo. Mulheres que são professoras, pesquisadoras e mães solo e que, em sua grande maioria, são negras. Desse modo, a escrita da pesquisa foi pensada, praticada e tecida conectando autoras e escritoras feministas negras, como: Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro e bell hooks, à literatura negra de Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo, a fim de trazer à tona as re-existências femininas frente às opressões patriarcais. Para tanto, temos como aporte metodológico os estudos com os cotidianos e as pesquisas narrativas. Quanto à produção de dados, utilizamos como procedimento metodológico narrativas: narrativas ficcionais, escrevivências, ‘imagensnarrativas’ e diálogos amorosos com os sujeitos da história e praticantes da pesquisa. Assim, a partir das narrativas das moradoras e moradores locais e membros de movimentos sociais da localidade, foi possível problematizar as questões étnico-raciais. Nesse sentido, destacamos a pertinência da Lei Federal nº 10.639/03, que tornou obrigatório que o ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira seja de fato exercido nos cotidianos escolares e em outras redes educativas para que as práticas antirracistas aconteçam na vida cotidiana.



Resumo Inglês:

This article dialogues with the writings of a research teacher, engaged and unsubmissive, to highlight anti-racist practicesin curricular processes involving ethnic-racial issues with the daily educational networks of women who live and fight in defense of the preservation of the Formate River in the municipality of Viana in the state of Espírito Santo. Women who are teachers,researchers and single mothers and, most of them, black women. In this way, the writing of the research was thought, practiced and woven connecting black feminist authors and writers, such as: Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro and bell hooks, to the black literature of Carolina Maria de Jesus and Conceição Evaristo, in order to bring to light the female re-existences in the face of patriarchal oppression. For that, we have as a methodological contribution the studies with daily life and the narrative research. As for the production of data, we used narratives as a methodological procedure: fictional narratives, writings about experiences, 'narrativeimages' and loving dialogues with the subjects of the story and research practitioners. Thus, from the narratives of residents and local residents and members of local social movements, it was possible to problematize ethnic-racial issues. In this sense, we highlight the relevance of Federal Law nº 10.639/03, which made it mandatory for the teaching of African and Afro-Brazilian History and Culture to be exercised in everyday school life and in other educational networks so that anti-racist practices take place in everyday life.



Resumo Espanhol:

Este trabajo dialoga con las escrivivencias de una profesora investigadora, comprometida e insumisa, para evidenciar prácticas antirracistas en los procesos curriculares involucrando las cuestiones étnico raciales con las redes educativas cotidianas de mujeres que viven y luchan en defensa de la preservación del Río Formate de la municipalidad de Viana del estado de Espírito Santo. Mujeres que son profesoras, investigadoras y madres solteras y que, en su gran mayoría, son negras. De ese modo, la escritura de la investigación fue pensada, practicada y tejida conectando autoras y escritoras feministas negras, como: Sueli Carneiro, Djamila Ribeiro y bellhooks, a la literatura negra de Carolina Maria de Jesus y Conceição Evaristo, con el fin de mostrar las reexistencias femeninas delante de las opresiones patriarcales. Para tanto, tenemos como aporte metodológico los estudios con los cotidianos y las investigaciones narrativas. En lo referente a la producción de datos, utilizamos como procedimiento metodológico narrativas: narrativas ficcionales, escrivivencias, ‘imágenesnarrativas’ y diálogos amorosos con los sujetos de la historia y participantes de la investigación. Así, a partir de las narrativas de las vecinas y vecinos locales y miembros de los movimientos sociales de la localidad, fue posible problematizar las cuestiones étnico raciales. En ese sentido, destacamos la relevancia de la Ley Federal nº 10.639/03, que hizo obligatoria que la enseñanza de Historia y Cultura Africana y Afrobrasileña sea en efecto ejercida en los cotidianos escolares y en otras redes educativas para que las prácticas antirracistas ocurran en la vida cotidiana.