Presença de dor após o acidente vascular cerebral e sua relação com a função e a qualidade de vida

Revista Ciências em Saúde

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ISSN: 2236-3785
Editor Chefe: Melissa Andreia de Moraes Silva
Início Publicação: 01/01/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Farmácia, Área de Estudo: Fisioterapia e terapia ocupacional, Área de Estudo: Fonoaudiologia, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Nutrição, Área de Estudo: Odontologia, Área de Estudo: Saúde coletiva

Presença de dor após o acidente vascular cerebral e sua relação com a função e a qualidade de vida

Ano: 2020 | Volume: 10 | Número: 3
Autores: Yamane FO, Silva GT, Santos AP
Autor Correspondente: Santos AP | [email protected]

Palavras-chave: acidente vascular cerebral, medição da dor, qualidade de vida, atividade motora

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Avaliar a presença da dor em indivíduos com acidente vascular cerebral (AVC) e sua relação com o desempenho funcional e a qualidade de vida (QV). Métodos: Estudo transversal onde 50 indivíduos com AVC atendidos em um centro de reabilitação foram avaliados por meio da Escala Visual Numérica (EVN), Questionário de Dor McGill, SF-36 e Índice de Barthel (IB). A estatística inferencial foi realizada por meio do Teste T e do coeficiente de correlação de Pearson. Resultados: A presença de dor foi verificada em 64% da população, com média sete na EVN e expressivo número e intensidade de descritores do McGill. Os pacientes com dor apresentaram piores escores para QV nos domínios saúde mental (p = 0,046), estado geral da saúde (p = 0,021), aspectos emocionais (p = 0,034) e dor (p < 0,0001). A dor no hemicorpo hígido estava presente em 37% dos pacientes. A EVN correlacionou-se com o estado geral da saúde da SF-36 (r = -0,359; p = 0,043); já o McGill com a saúde mental (r = -0,364; p = 0,041), capacidade funcional (r = -0,365; p = 0,039) e aspectos emocionais (r = -0,374; p = 0,035). Não houve relação entre a dor e o IB. Conclusões: Este estudo mostrou alta incidência e intensidade de dor em indivíduos com AVC, mesmo em reabilitação. A presença da dor interferiu mais na QV do que na função e o McGill relacionou-se com mais domínios da SF-36 do que a EVN.



Resumo Inglês:

Objective: Evaluate the presence of pain in individuals with stroke (stroke) and its relationship with functional performance and quality of life (QoL). Methods: Cross-sectional study in which 50 individuals with stroke treated at a rehabilitation center were assessed using the Visual Numerical Scale (VNS), McGill Pain Questionnaire, SF-36 and Barthel Index (BI). Inferential statistics were performed using T-test and Pearson's correlation coefficient. Results: The presence of pain was verified in 64% of the population, with an average of seven in the VNS and a significant number and intensity of McGill's descriptors. Pain patients had worse scores for QoL in the domains of mental health (p = 0.046), general health status (p = 0.021), emotional aspects (p = 0.034) and pain (p < 0.0001). Pain in healthy hemibody was present in 37% of patients. The VNS correlated with the general health status (r = -0.359; p = 0.043) of SF-36; McGill with mental health (r = -0.364; p = 0.041), functional capacity (r = -0.365; p = 0.039) and emotional aspects (r = -0.374; p = 0.035). There was no relationship between pain and BI. Conclusions: This study showed a high incidence and intensity of pain in individuals with stroke, even in rehabilitation. The presence of pain interfered more in QoL than in function and McGill was related to more domains of SF-36 than VNS.