Desenvolvemos a questão do privilégio em articulação com a problemática do “sujeitoâ€.
Esta problemática é remetida a lÃngua. A lÃngua é entendida como a relação ao outro,
ao “sujeitoâ€. Esta relação jamais é dual porque porta o terceiro. Como tal, a lÃngua, a
palavra, implica e afeta quem a diz, à quem ela foi endereçada, e quem a escutou. O
ensejo das reflexões dessa questão foram palavras ouvidas e endereçadas ao outro,
referidas ao contexto acadêmico. Na análise, sobressai que as palavras portam e
[re]afirmam o privilégio e, através dele, se determina o lugar para o outro no interior da
estrutura das hierarquias sociais e se estabelece fronteiras entre privilegiados e nãoprivilegiados-â€
nós†e “elesâ€. Disso resulta, já na lÃngua como a relação ao outro, o
apagamento do “sujeito†e no seu lugar tem-se o privilégio, ancorado na simplificação
da compreensão das situações humanas.