Objetivos: sumarizar estudos que avaliaram a suplementação de probióticos como estratégia terapêutica nos sintomas da ansiedade e depressão. Métodos: revisão integrativa de artigos indexados na base de dados PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde publicados de janeiro de 2010 a setembro de 2019. Para isso, utilizou-se a conjugação dos descritores: “intestino”, “cérebro”, “microbiota intestinal”, “ansiedade”, “depressão”, “probióticos”, nos idiomas português e inglês. Resultados: Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 13 ensaios clínicos randomizados foram selecionados. O tempo de duração dos estudos, em sua maioria, foi de 8 ou 12 semanas (61,5%; n = 8), e a forma mais ofertada do suplemento foi o probiótico em pó (46,2%; n = 6) e em cápsula (30,8%; n = 4). Sobre a utilização de escalas como parâmetro de avaliação dos sintomas de ansiedade e depressão, 38,5% (n = 5) utilizaram apenas uma escala e 69,2% (n = 8) utilizaram a combinação de duas ou três escalas. Em relação ao gênero das bactérias, a maior parte dos estudos utilizou Lactobacillus e Bifidobacterium em conjunto (53,8%; n = 7). Apesar das limitações metodológicas e dos resultados inconsistentes, a maioria dos ensaios clínicos (76,9%; n = 10) evidenciaram uma redução significativa dos sintomas relacionados à ansiedade e depressão através da suplementação de probióticos. Conclusão: As evidências indicam que a suplementação com probióticos apresenta potencial promissor na redução dos sintomas de ansiedade e depressão, no entanto são necessárias pesquisas adicionais sobre essa estratégia como terapia adjuvante no tratamento efetivo para a saúde mental.
Objectives: To summarize studies that evaluated probiotic supplementation as a therapeutic strategy for anxiety and depression symptoms. Methods: An integrative review of articles indexed in the PubMed, SciELO and Virtual Health Library databases published between January 2010 and September 2019. For this purpose, the combination of descriptors: “intestine”, “brain”, “Intestinal microbiota”, “anxiety”, “depression”, “probiotics”, in Portuguese and English. Results: After applying the inclusion and exclusion criteria, 13 randomized clinical trials were selected. The duration of the studies in its majority was 8 or 12 weeks (61.5%; n = 8), and the most offered form of the supplement was the probiotic powder (46.2%; n = 6) and capsule (30.8%; n = 4). Regarding the use of scales as a parameter for assessing symptoms of anxiety and depression, 38.5% (n = 5) used only one scale and 69.2% (n = 8) used the combination of two or three scales. Regarding the genus of bacteria, most studies used Lactobacillus and Bifidobacterium together (53.8%; n = 7). Despite methodological limitations and inconsistent results, most clinical trials (76.92%; n = 10) showed a significant reduction in symptoms related to anxiety and depression through probiotic supplementation. Conclusion: The evidence indicates that supplementation with probiotics has a potential in reducing symptoms of anxiety and depression, however further research is needed on this strategy as an adjunctive therapy in effective treatment for mental health.