Este artigo tem como objetivo identificar processos educativos inerentes ao “fazer o samba” por Bezerra da Silva (1927-2005). Está ancorado no referencial da Educação Popular, por meio da revisão de literatura. A expressão das vozes do samba sofreu preconceitos e um intenso processo de marginalização. Porém, a capacidade de resistência, fruto das privações materiais decorrentes da exclusão social forjou, no interior das comunidades cariocas, uma outra tessitura social. Assim, as comunidades encontraram no samba e nas demais manifestações artísticas, a instrumentalização metodológica necessária para a construção de saberes e denúncia das injustiças. Em outros termos, o samba de Bezerra da Silva cumpriu seu papel educativo, importante naquelas comunidades esquecidas pelo poder público e, muitas vezes, desconhecidas pela educação escolar.