A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEESP) criou o Programa São Paulo Faz Escola (SPFE), que foi implementado em 2008, e ainda hoje (2019), está em vigor na rede estadual de ensino paulista. Nesse texto, analisamos algumas questões sobre esse currículo, dando destaque para a questão da ação docente. Nosso intuito é procurar evidências sobre como esse currículo, prescrito há tanto tempo, ainda persiste como um guia do trabalho docente nas escolas paulistas e que repercussões são percebidas na atuação e no desenvolvimento profissional dos professores. A análise indica que o Programa São Paulo Faz Escola está pautado numa política neoliberal, quantificando o ensino com avaliações externas e com a sistematização da meritocracia que responsabiliza os docentes pela falta de qualidade da escola pública e afeta, diretamente, a autonomia dos professores.