O trabalho maneja o conceito de campo de controle do crime de David Garland, ao mesmo tempo que discute suas limitações e potencialidades, a partir das teorizações da criminologia do sul. A perspectiva epistemológica critica o manejo de estudos criminológicos advindos do norte global, que têm a pretensão de explicações universalistas e generalizantes, e propõe que as peculiaridades locais políticas, históricas, econômicas e culturais sejam consideradas. Seguindo essa perspectiva, aponta o texto que o ponto de partida da análise das questões criminais é essencial, porém a sociologia brasileira há muito já aponta caminhos no mesmo sentido, de modo que o racismo é uma estrutura reatualizada no sistema de justiça criminal que impede se falar de mudança no sentido do punitivismo, indicando permanências.
The paper work with David Garland’s concept of crime control field, while discussing its limitations and potential, using theorizations of southern criminology. The epistemological perspective criticizes the handling of criminological studies coming from the global north, which aim at universalist and generalizing explanations, and proposes that local political, historical, economic and cultural peculiarities be considered. Following this perspective, the text points out that this starting point for the analysis of criminal issues is essential, but that Brazilian sociology has long pointed out paths in the same direction, so that racism is a reupdated structure in the criminal justice system that it prevents us from talking about a change in the direction of penal populism, indicating permanence.