Quando o que não cessa de se escrever cessa de não se escrever

Revista de Psicologia

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ISSN: 2179-1740
Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

Quando o que não cessa de se escrever cessa de não se escrever

Ano: 2012 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: A. Didier-Weill
Autor Correspondente: A. Didier-Weill | [email protected]

Palavras-chave: trauma, significante, real, silêncio, fala

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nessa conferência, o autor dá o seu testemunho do modo como se apresentou para ele uma das suas importantes contribuições à psicanálise contemporânea, o conceito de significante “siderante” e de como se deu a sua interlocução com Jacques Lacan a respeito da dimensão originária do simbólico e suas consequência para pensar o modo como o sujeito poderia reagir ao trauma a que é submetido em seu encontro com aquilo que “não cessa de se escrever”, o real. A partir dos desdobramentos de seu depoimento, argumenta que tal experiência traumática é estrutural. Ou seja, que ela nos mostra que “o que não cessa de não se escrever”, para além de qualquer cultura, é da ordem da experiência universal. Indaga, no entanto, o que seria necessário para que o sujeito saísse desse trauma, sendo tal pergunta fundamental para o desenlace de qualquer tratamento psicanalítico. Conclui que para que isso ocorra se faz necessário a ocorrência da de-sideração, que consistiria em encontrar o significante S1 através do qual “Isso cessa de não se escrever”.



Resumo Inglês:

At this conference, the author gives his testimony of how he introduced himself to one of its important contributions to contemporary psychoanalysis, the concept of significant “siderante” and how was his interlecution with Jacques Lacan about the original dimension of the symbolic and its consequence to think how the subject would react to the trauma he are subjected in their encounter with what “does not cease to write,” the real. From the unfolding of his testimony, the author argues that this traumatic experience is structural. That is, this experience shows us that “what never ceases to not write” beyond any culture, is of the order of universal experience. He questions, however, what would be required to leave the subject of trauma, such a fundamental question to the outcome of any psychoanalytic treatment. He concludes that for this it is necessary the occurrence of de-sideration, which consists in finding the significant S1 whereby “That does not cease to write.”