Ginga Mbandi Kakombe foi a mais notável rainha angolana. Esta mulher de personalidade ímpar governou os reinos do Ndongo e da Matamba durante o período em que os seus territórios estavam sendo invadidos pelas tropas portuguesas, entre 1623 e 1663. Naquele contexto complexo e difícil, a rainha guerreira precisou se valer de diferentes artimanhas para continuar no poder e manter a soberania de sua pátria. Ela foi uma monarca de protagonismo relevante durante o século XVII, ficando sua figura marcada na memória dos ambundu e de todos os povos por onde seu nome heróico se fez presente. No Brasil, a Rainha Ginga tem um lugar de destaque nas manifestações culturais afrobrasileiras, pois os seus súditos, que para cá vieram, fizeram questão de trazer na bagagem cultural a reverência à soberana que enfrentou os portugueses e honrou o seu povo. Neste trabalho, buscou-se iluminar a figura da Rainha Ginga através das suas representações na história e na literatura, portanto, o método utilizado foi a literatura comparada. Justificamos esta pesquisa pela necessidade de mostrar que os angolanos foram protagonistas efetivos de sua própria história e auxiliaram também a construir o Brasil que conhecemos hoje. O objetivo desta pesquisa, portanto, é apresentar a Rainha Ginga Mbandi Kakombe como elemento identitário e de convergência para Angola e Brasil, demostrando que as duas nações são irmãs.
Ginga Mbandi Kakombe was the most notable Angolan queen. This woman of unique personality managed the kingdoms of Ndongo and Matamba during the period in which her territories were being invaded by Portuguese troops, between 1623 and 1663. In this complex and difficult context, the reign of war should use different devices to remain in power and maintain the sovereignty of their native land. She was a monarch with a relevant role during the 17th century, leaving her figure in the memory of the ambundu and all the people from whom her heroic name was present. In Brazil, Queen Ginga occupies a prominent place in Afro-Brazilian cultural events, but her subjects, who came here, endeavored to take her cultural bag in honor of the sovereign who faced the Portuguese and honored their people. In this work, we seek to illuminate the figure of Queen Ginga through her representations in history and literature, therefore, the method used was comparative literature. We justify this investigation because of the need to demonstrate that the Angolans were effective protagonists in their own history and also helped build Brazil that we know today. The purpose of this investigation, therefore, is to present the Queen Ginga Mbandi Kakombe as an element of identity and convergence to Angola and Brazil, demonstrating that two countries are brothers.
Ginga Mbandi Kakombe fue la reina angoleña más notable. Esta mujer de personalidad única gobernó los reinos de Ndongo y Matamba durante el período en que sus territorios estaban siendo invadidos por tropas portuguesas, entre 1623 y 1663. En ese contexto complejo y difícil, la reina guerrera tuvo que usar diferentes dispositivos para permanecer en el poder y mantener la soberanía de su tierra natal. Era una monarca con un papel relevante en el siglo XVII, dejando su figura en la memoria de los ambundu y todos los pueblos donde estaba presente su nombre heroico. En Brasil, Reina Ginga ocupa un lugar destacado en los eventos culturales afrobrasileños, ya que sus súbditos, que vinieron aquí, se esforzaron por llevar en su bagaje cultural la reverencia por la soberana que enfrentó a los portugueses y honró a su pueblo. En este trabajo, buscamos iluminar la figura de Reina Ginga a través de sus representaciones en la historia y la literatura, por lo tanto, el método utilizado fue la literatura comparativa. Justificamos esta investigación por la necesidad de demostrar que los angoleños fueron protagonistas efectivos en su propia historia y también ayudaron a construir el Brasil que conocemos hoy. El objetivo de esta investigación, por lo tanto, es presentar a la Reina Ginga Mbandi Kakombe como un elemento de identidad y convergencia para Angola y Brasil, demostrando que las dos naciones son hermanas.