Para discutir as contribuições do Pró-Licenciatura, um dos principais projetos de formação de professores para educação básica, a distância, é necessário discutir além da abrangência, do ritmo e alcance de tal programa, questões mais gerais sobre a utilização da EaD na educação e, principalmente, na formação de professores, com uma visão mais precisa de que projeto de sociedade almejamos construir. Assim, o objetivo deste trabalho é discutir a formação de professores nos seus aspectos da estrutura e da superestrutura da sociedade e a sua materialização em uma política pública específica. Optamos em realizar uma pesquisa com ênfase no método de análise de conteúdo, que concentrou-se em documentos expedidos pelo Governo Federal, nos quais explicita sua intenção, sua concepção e sua linha de ação para consolidar uma política pública no âmbito da formação de professores na modalidade a distância, dialogando com autores que discutem política pública, Educação a Distância, novas tecnologias, Estado e educação, entre eles Camoy (1987), Scaff (2000), Barreto (2001), Belloni (2001), Pretto (2001) e Frigotto (1995). Como conclusão é formulada a hipótese que a política de formação de professores no Brasil está alinhada às orientações dos organismos internacionais e consequentemente na política neoliberal.