A ARPEF(Associação de Reabilitação e Pesquisa Fonoandiológica) desenvolve, desde 1987, um programa para crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de comunicação. Com uma equipe multidisciplinar (psicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia), especializada na metodologia VERBO-TONAL, e aparelhagem especial (aparelhos SUVAG), a ARPEF oferece um trabalho na área da surdez e demais distúrbios de comunicação.
A partir de 1990, integrando novas formas de pensamento, a ARPEF iniciou um trabalho com enfoque bilíngue (oralização/Libras/escrita do Português), incluindo na sua equipe professores e instrutores surdos.
Considerando que a ARPEF oferece em seu programa a aprendizagem da Língua Poringuesa escrita, entendemos que seria interessante apresentar o trabalho de OFICINA DE LINGUAGEM realizado com crianças surdas, oralizadas, inseridas na proposta bilíngue.
No presente trabalho, faço algumas considerações sobre a Análise do Discurso, enfocando linguagem como uma instituição social que se inscreve num espaço linguístico e mantém vín-culos com as condições sócio-históricas da produção. Sublinho também a idéia de negociação na relação entre adulto e criança, no conceito de zona proximal de L.S.Vygotsky, e o espaço transicional de D.Winnicott.
O propósito foi o de apresentar uma prática psicopedagógica que permite introduzir a escrita como um objeto de conhecimento e o sujeito da aprendizagem, enquanto sujeito cognoscente, respeitando seu ritmo.
O conteúdo deste trabalho deve ser compreendido como um trajeto estruturado a partir de diretrizes teoricamente fundamentadas, construindo-se juntamente com o caminho da psicopedagoga.
Durante esses anos de intervenção, venho comprovando o progresso da maioria dos sujeitos, uma vez que se alcançaram níveis de escrita mais elevados.
Entretanto, essa evolução não se restringe apenas ao desenvolvimento intelectual, mas principalmente aos níveis do social e do afetivo.
ARPEF(Fonoaudiological Research and Reabilitation Association) has developed since 1967, a program for children, teenagers and adults who present difficulties to communicate. With an interdisciplinary staff (psychology, fonoandiology and psychopedagogy), especialized in the VERBOTONAL metodology and specific apparatus (SUVAG apparatus), ARPEF performs a skilfull work in the area of deafness and other communication disabilities.
From1999, integrating new means of thoughts, ARPEF has begun a bilingual focused work (“oralling”/LBS/Portuguese written form), adding deaf teachers and instructors to its staff.
Taking into account that ARPEF offers written portuguese learning through its program, we assume that it would be interesting to present the language workshop,developed with deaf children who perform oral communications, inserted within the bilingual approach.
As to this subject work I make some considerations upon Speech Analysis, viewing the language as a social institution, enrolled in a linguistic environment which retain links with the social-historical conditions of the production.
I also stress the idea of trading in the adult-child relationship,in the L.S.Vygotsky's proximity zone concept and D.Winnicott transitional space.
The purpose was to present a psychopedagogical practice, allowing the introduction of writing as an object of knowledge where the learning individual, while cognizable, respecting his rhythm.
The contents of this work must be seen as a trajectory, structured from theoretically established directives, mutually building with the pedagogue's path.
During all these years of intervention, I have corroborated the progress of the majority of the individual, once achieved higher levels of writing.
However, such evollution is not restricted to thei ntellectual development but above all, to the levels of the social and emotional environments.