Os estudos sobre gênero demonstram a resistência da ideologia patriarcal nas esferas públicas, inclusive no sistema de justiça criminal. Por conta disso, não se pode ignorar a violência sofrida pelas mulheres nos espaços públicos de exercício de poder, que a reduz a mero objeto e não a enxerga como sujeita titular de direitos. Assim, a mulher acaba sendo isolada dos meios sociais, de forma a passar por um processo de invisibilização que a elimina das principais pautas de políticas públicas. Os marcadores sexistas atingem, visivelmente, a malha do Direito Penal, ao tratar de maneira seletiva aqueles que irão passar pelo processo de criminalização que resulta no etiquetamento do indivíduo. Dessa forma, é necessário compreender como o Estado trata a mulher que comete um ilícito penal, e quais são os reflexos desse aprisionamento.
Gender studies demonstrate the resilience of patriarchal ideology in public spheres, including the criminal justice system. Because of this, one cannot ignore the violence suffered by women in public spaces of exercise of power, which reduces it to mere object and does not see it as a subject of rights. Thus, women end up being isolated from social media, in order to go through a process of invisibility that eliminates them from the main agenda of public policies. Sexist markers visibly reach the mesh of criminal law by selectively addressing those who will go through the criminalization process that results in the labeling of the individual. Thus, it is necessary to understand how the state treats women who commit a criminal offense, and what are the consequences of this imprisonment.