Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa de mestrado em Educação (em fase de conclusão), que foca no currículo escolar em comunidades quilombolas da Amazônia, centrando nos avanços e limites do reconhecimento de territórios ancestrais. Para fins desse artigo, tratamos das contribuições dos saberes ancestrais de povos do espaço rural para a reinvenção da educação do campo na Amazônia, tomando como referencial teórico de diálogo as Epistemologias do Sul. O artigo objetiva analisar como os saberes de grupos historicamente subalternizados podem tensionar as lógicas curriculares hegemônicas e contribuir para a construção de práticas pedagógicas interculturais e democráticas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utiliza como estratégia metodológica o estado do conhecimento. Essa revisão inicial da literatura aponta um crescimento do interesse acadêmico pelos saberes ancestrais no campo educacional, embora persistam desafios estruturais para sua valorização no currículo escolar e na sociedade brasileira. O estudo reforça a necessidade de políticas públicas e de práticas pedagógicas que reconheçam e dialoguem com esses saberes e modos outros de vida, ampliando a visibilidade da educação dos povos do campo, das águas e da floresta, comprometida com a crítica e com a emancipação.
This article presents partial results of a Master's degree in Education research project (currently in its final stages), which focuses on the school curriculum in quilombola communities in the Amazon, focusing on the advances and limitations of the recognition of ancestral territories. For the purposes of this article, we address the contributions of the ancestral knowledge of rural peoples to the reinvention of rural education in the Amazon, using Epistemologies of the South as a theoretical framework for dialogue. The article aims to analyze how the knowledge of historically subalternized groups can challenge hegemonic curricular logics and contribute to the construction of intercultural and democratic pedagogical practices. This is a qualitative study, using the state of knowledge as a methodological strategy. This initial literature review indicates a growing academic interest in ancestral knowledge in the educational field, although structural challenges persist to its valorization in school curricula and in Brazilian society. The study reinforces the need for public policies and pedagogical practices that recognize and engage with these knowledges and other ways of life, expanding the visibility of education for rural, water, and forest peoples, committed to critique and emancipation.
Este artículo presenta resultados parciales de un proyecto de investigación de maestría en Educación (actualmente en su etapa final), que se centra en el currículo escolar en comunidades quilombolas de la Amazonia, con énfasis en los avances y limitaciones del reconocimiento de territorios ancestrales. Para los fines de este artículo, abordamos las contribuciones del conocimiento ancestral de los pueblos rurales a la reinvención de la educación rural en la Amazonia, utilizando Epistemologías del Sur como marco teórico para el diálogo. El artículo busca analizar cómo el conocimiento de grupos históricamente subalternizados puede desafiar las lógicas curriculares hegemónicas y contribuir a la construcción de prácticas pedagógicas interculturales y democráticas. Este es un estudio cualitativo, utilizando el estado del conocimiento como estrategia metodológica. Esta revisión bibliográfica inicial indica un creciente interés académico en el conocimiento ancestral en el campo educativo, aunque persisten desafíos estructurales para su valorización en los currículos escolares y en la sociedad brasileña. El estudio refuerza la necesidad de políticas públicas y prácticas pedagógicas que reconozcan y aborden estos conocimientos y otras formas de vida, ampliando la visibilidad de la educación para las poblaciones rurales, del agua y de los bosques, comprometidas con la crítica y la emancipación.